O embate entre o esporte moderno e o antigo deu o tom da primeira cobertura olímpica nas páginas do Estado. Ao mesmo tempo em que contava as origens e os motivos da supressão da competição por mais de um milênio, o jornal detalhava a acirrada discussão que envolveu patrocinadores , atletas, entusiastas do esporte e até arqueólogos.
Os saudosos da era Helênica acusavam de deturpadores aqueles que queriam agregar modalidades como o "bicyclette e o 'lawn-tennis". Os modernizadores rebatiam, dizendo que mesmo os antigos "não se desinteressavam de nenhum esporte" que pusesse "em relevo a força ou a agilidade humana."
Outros críticos ao purismo acendido pelas recentes descobertas arqueológicas na Grécia, argumentavam que, se reeditada em toda sua originalidade, estariam na competição esportes considerados "não civilizados, contrariando o propósito de unir as nações.
Além dos debates, o Estado destacou a magnífica estrutura montada para a competição, a tecnologia utilizada no Stadio, "iluminado à luz elétrica", e a boa recepção que fez com que "todos os clubes atléticos dos diferentes países" enviassem representantes.
Tentando transportar seus leitores ao emocionante momento da abertura, em outra edição, contou como o "primeiro dia dos jogos foi soberbo", descrevendo a cerimônia e o instante em que o rei da Grécia “entrou no estádio ao som do hino nacional, tocado por 600 executores." enquanto "60 mil espectadores o aclamaram calorosamente.
Descrevendo como a cerimônia narrou o instante em que “o rei entrou no estádio ao som do hino nacional, tocado por 600 executores” enquanto no “60 mil espectadores o aclamaram calorosamente.” O evento hipnotizou os homens modernos, que a partir de 1896, apaixonados, passaram aguardar sua nova edição, a cada quatro anos.# O 'Pai' dos Jogos Olímpicos morreu em 1937
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