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A vida como ela era: ladrões de animaes

Furto de animais de carga eram comuns no interior de São Paulo

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Por Redação
Atualização:

Até meados dos 1940, a vida de dono de cavalos e burros não era fácil. O furto de animais de carga eram comuns, e frequentemente o Estado publicava telegramas, vindos de diversas partes do Estado, relatando e alertando os casos.  

Em 1896, uma das vítimas ofereceu 300$000 para quem encontrasse pistas de quatro animais roubados em Mococa. O valor seria equivalente a R$ 9.000,00 (saiba mais sobre o conversor do Estadão Acervo). O anúncio é um dos mais antigos registros de roubos publicados no jornal.   

Assim como acontece com os automóveis hoje, existia um comércio paralelo de animais e o crime dava um trabalho enorme para a polícia. Recuperar animais furtados era tarefa difícil por causa da imensidão do estado paulista. Eles eram furtados em uma cidade e vendidos em outras. 'Os animaes roubados, segundo averigou o sub-delegado delegado da Penha, foram vendidos na estação de Poá e no bairro de Jacu, em S. Miguel', reportou o jornal em 1906 no caso em que o ladrão Francisco Camargo foi pego na Penha de França, hoje bairro da Penha, com nove animais.   

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Ao contrário do que se romantiza, os ladrões de antigamente eram violentos e não respeitavam as autoridades. E respondiam à bala quando se deparavam com a polícia. A edição de 5 de março do Estado, relatou um desses casos quando um sub-delegado na região de Bebedouro “sahiu com outras pessoas ao seu encalço, alcançando-o em uma venda”. Quando o delegado, junto com o grupo, deu voz de prisão, 'foi por elle [ladrão] alvejado com um tiro de revolver, sendo ferido na perna'. O ladrão conseguiu escapar e o ferimento no delegado foi considerado leve.Leia abaixo outros casos de furtos de animais e conheça alguns ladrões famosos, como Chico Tanoeiro e o Bigode: 

 

Tags: Furto, Animal  

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