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Como era São Paulo sem sacos de lixo

Lixo era colocado em latões, tambores ou caixotes; moradores reclamavam do barulho dos lixeiros

Por Rose Saconi
Atualização:

 

 Foto: Estadão

Até meados da década de 1970, o paulistano costumava colocar o lixo na porta de suas casas, ou em cima dos muros, acondicionado em latões, tambores, ou caixotes de madeira. As mais comuns eram as latas de óleo de 20 litros. Nos bairros onde a coleta era realizada de madrugada, os moradores, ao acordarem, saíam à caça de seus latões, que muitas vezes sumiam, apareciam amassados, ou ainda estavam na porta do vizinho sujos, vazios, ou com restos de lixo no fundo. Já quem morava em prédios jogava o lixo nos tubos, existentes em cada andar, para um latão coletor central que ficava no térreo.                    

 Foto: Estadão
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 "O sistema alcançou resultados satisfatórios nos Estados Unidos e na Europa e tornará mais rápida a coleta de lixo, pois os lixeiros não precisarão mais depositar nas calçadas os velhos latões ou caixotes atualmente em uso", informava o Estado no dia 5 de agosto (à esq.).

Nos meses de teste, foram utilizados sacos de 20, 60 e 100 litros. Juntamente com os sacos, foi entregue um questionário para as pessoas apontarem as vantagens e desvantagens desse novo método de acondicionamento de lixo. O resultado da experiência foi satisfatório e no dia 5 de dezembro de 1972 entrou em vigor a lei, regulamentada pelo prefeito Figueiredo Ferraz, tornando obrigatória a utilização de sacos plásticos para o lixo em São Paulo. Era o fim definitivo das velhas latas de lixo que integraram por muitos anos a paisagem da cidade e serviram, até mesmo, para dar nome ao cão sem raça, o vira-lata. A solução da troca dos latões pelo plástico resolveu o problema da poluição sonora e criou outro, agora ambiental. A degradação e o uso generalizado do plástico como embalagem e acondicionamento do lixo, resultou, no ano passado, numa tentativa dos supermercados paulistas de limitar sua distribuição. Veja também:>> Como era São Paulo em o Vale do Anhangabaú>> Como era São Paulo sem asfalto>> Como era São Paulo sem cinema>> Como era São Paulo sem estádios de futebol>> Como era São Paulo sem a Estação da Luz>> Como era São Paulo sem a Marginal do Tietê>> Como era São Paulo sem shopping Center>> Como era São Paulo sem Corpo de Bombeiros>> Como era São Paulo sem o Mercado Municipal>> Como era São Paulo sem água encanada>> Como era São Paulo sem a via Anchieta>> Como era São Paulo sem a Catedral da Sé>> Como era São Paulo sem a Avenida Sumaré>> Como era São Paulo sem iluminação pública>> Como era São Paulo sem o autódromo de Interlagos>> Como era São Paulo sem o viaduto do Chá>> Como era São Paulo sem o aeroporto de Congonhas

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