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E fez-se a República

O novo regime foi instalado sem conflitos e resistência; do outro lado, o povo procurava notícias

Por Carlos Eduardo Entini
Atualização:

Foi uma ruptura, mas pareceu mais uma transição entre governos. O golpe contra a monarquia, encabeçado pelo marechal Deodoro da Fonseca, que estabeleceu o regime republicano no País, aconteceu sem distúrbios, participação popular e violência. A única vítima foi o ministro da Guerra, o barão de Ladário, que atirou contra Deodoro da Fonseca assim que recebeu ordem de prisão. Ladário não acertou nenhum tiro, mas os militares que acompanhavam o marechal o atingiram.    

Deposto, Pedro II e família partiram para o exílio. Mas não foram de mão abanando. O Governo Provisório, em seu segundo decreto do Brasil republicano, destinou cinco mil contos do tesouro nacional "para o Estabelecimento de Pedro de Alcantara e família no estrangeiro", relatou o Estado na edição do dia 20. Aos poucos as Províncias foram aderindo ao novo regime e se juntado à recém-criada República dos Estados Unidos do Brazil. Do outro lado, os novos cidadãos procuravam ansiosamente pelas novidades que chegavam aos poucos, e em partes. Nos dias que seguiram à instalação do novo regime, a procura por informações foi tanta que acabou o papel no mercado. O povo se aglomerava em frente às sedes dos jornais para ler os boletins colados nas portas produzidos assim que chegavam os telegramas.  O Estadão Acervo separou algumas notícias sobre os bastidores da Proclamação da República e o entusiasmo que tomou conta da população.

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