O presidenciável Eduardo Campos (PSB-PE), morto em acidente aéreo, foi lançado na política pelo seu avô, Miguel Arraes. O avô foi um dos principais líderes da esquerda no nordeste. Preso durante a ditadura militar, partiu para o exílio que durou 14 anos. Retornou ao Brasil em 1979 após a anistia. Coincidentemente, o neto e o avô morreram no mesmo dia, 13 de agosto. Em 1986, Eduardo Campos teve seu primeiro cargo público ao ser nomeado chefe de gabinete de seu avô, então governador de Pernambuco. Em 1990 foi eleito deputado estadual pelo PSB, partido que nunca deixou. Por Pernambuco, também foi eleito deputado federal por 3 vezes (1994, 1998 e 2002). Em 1995 teve sua primeira experiência no poder Executivo como secretário da Fazenda de Pernambuco durante o segundo mandato de Miguel Arraes. Durante o primeiro mandato do governo Lula (2003 - 2006) foi Ministro da Ciência e Tecnologia. Deixou o cargo em 2006 após ser eleito governador de Pernambuco. Reeleito em 2010, com 82% dos votos, deixou o governo em 5 de abril de 2014 para se candidatar à Presidência da República.
Veja a trajetória de Eduardo Campos nas páginas do Estadão
1986 Então no PMDB, Miguel Arraes, vence a eleição para o governo de Pernambuco e nomeia o neto, Eduardo Campos, seu chefe de gabinete
1990 Com o avô, Campos filia-se ao PSB, e é eleito deputado estadual
1994 Depois de ser derrotado na eleição pela prefeitura do Recife, é eleito deputado federal
1995 É chamado para ser o secretário da Fazenda em mais um governo do avô
1996 Estoura o escândalo dos precatórios
1998 Eduardo Campos é eleito para outro mandato como deputado federal
2002 Lula é eleito presidente da República e Eduardo Campos eleito para outro mandato de deputado federal
2003 Lula põe o professor Roberto Amaral no Ministério da Ciência e Tecnologia para guardar a cadeira para Eduardo Campos, que respondia na Justiça a processo por causa dos precatórios
2005 Eduardo Campos é eleito presidente do PSB. Surge o escândalo do mensalão. É, então, devolvido à Câmara para articular as forças do governo
2006 Campos é eleito governador de Pernambuco no 2º turno, com a ajuda do PT
2010 Campos é reeleito governador de Pernambuco com 82% dos votos
2012 Eduardo Campos elege 434 prefeitos no primeiro turno, tornando-se o partido que mais cresceu na eleição municipal
2014 Campos é apresentado como candidato oficial à presidência da República pela aliança PSB-Rede
Abril Eduardo Campos faz críticas a Dilma ao deixar o governo de Pernambuco
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Atualizado às 15h00.
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