Flores para Rivelino

Tapete de pétalas de rosas e muitas bandeiras para recepcionar o tricampeão na Copa de 70

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Por Rose Saconi
Atualização:
 

Acervo/Estadão

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Todos os jogares da seleção de 1970 foram aplaudidos e reverenciados pelos brasileiros quando retornaram às suas cidades depois da conquista do tri no México. Um deles em especial, Roberto Rivelino, recebeu o carinho dos vizinhos de um jeito diferente: em forma de flores.

Para recepcionar o jogador, um grande tapete de pétalas de rosas cercado de folhagens foi montado a partir da porta da casa de Rivelino, no Brooklin, e se estendia ao longo de toda a rua. Dois vizinhos tiveram a ideia e organizaram equipes de trabalho. Alguns foram mobilizados para conseguir as rosas e outros, como em um dia de Corpus Christi, jogaram as pétalas na rua e confeccionaram o tapete.

A casa n.º 76 onde Rivelino morava com os pais na rua Joaquim Guarani (travessa da avenida Santo Amaro) foi ornamentada por dentro e por fora. Os vizinhos penduraram uma placa retangular de isopor amarela de 4 metros de largura com o nome Rivelino escrito com rosas vermelhas. O Corinthians, onde ele jogava, mandou a bandeira do clube que foi colocada ao lado das bandeiras do Brasil e do estado de São Paulo.

O Estado de S. Paulo - 25/6/1970

 

Salve a seleção. Nem a trilha sonora da festa foi esquecida. Quando as mais de 500 pessoas viram o Aero-Willys preto que trazia o craque apontando na rua, um vizinho aumentou o som da vitrola que tocava repetidas vezes o hit Salve a seleção. Rivelino desceu então do carro e atravessou o tapete de flores em meio às pessoas que gritavam seu nome até conseguir entrar em casa. Mesmo cansado, apareceu na sacada três vezes e acenou para os torcedores, que só saíram dali depois que o pai do jogador, Nicolino, agradeceu a presença de todos e fechou a janela explicando que o filho estava esgotado e precisava descansar.

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Tags: Rivelino, futebol

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