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Fotos Históricas: chuva de muamba

Para fugir das multas, comerciantes da Galeria Pagé jogaram das janelas produtos sem nota fiscal

Por Carlos Eduardo Entini
Atualização:
 

Em setembro de 1984 choveu relógios, calculadoras, bijuterias, óculos e outros produtos. E, ao contrário de uma chuva comum, as pessoas não procuraram abrigo. Mas se empurravam para conseguir pegar algum dos objetos arremessados. Os produtos sem nota fiscal foram jogados por alguns lojistas pelas janelas da Galeria Pagé na tentativa de se livrar das multas durante fiscalização da Receita Federal.  

 

Antes da invasão dos produtos chineses, a Galeria Pagé era referência em São Paulo para quem queria comprar produtos importados. E também era frequentemente visitada pela polícia e fiscais da receita por causa de produtos contrabandeados e importados ilegalmente. Na época da chuva de muamba, a importação ilegal de eletrônicos, vestuário estava intensa porque o governo havia aumentado para 200% o imposto para produtos considerados supérfluos.   

 

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A Galeria Pagé foi inaugurada em 1962, e ainda funciona. E também continua com o mesmo problema, mas com outro nome: pirataria. Em 2010, foi última vez em que foi fechada. Mas naquela ocasião foi por causa de produtos piratas. Hoje a Galeria Pagé não é o único centro comercial na região da 25 de Março. Ela ganhou outros concorrentes, como o Shopping Mundo Oriental. Em 2011, o concorrente da Pagé também foi fechado por vender produtos piratas. Essa é a diferença entre setembro de 1984, quando caiu a chuva de produtos das janelas da Pagé, e hoje. Produtos piratas e importados ilegalmente estão presentes não somente na Galeria Pagé, localizadas na região conhecida como '25 de Março'.

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Tags: Galeria Pagé, Rua 25 de Março

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