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Fusca, paixão nacional

O automóvel era o predileto dos casais e dos ladrões

Por Lizbeth Batista
Atualização:

Idealizado por Ferdinand Porsche a pedido de Hitler, o versátil Volkswagen (carro do povo, em alemão) foi concebido para servir tanto à família alemã quanto ao exército. Cumpriu excepcionalmente sua missão, e depois da Segunda Guerra ganhou o mundo. Cumpriu tão bem sua missão que ganhou um dia no calendário mundial de efemérides. Dia 22 de junho é o dia mundial do Fusca. O primeiro exemplar chegou ao Brasil em 1950 com o nome de Sedan Volkswagen, e em pouco tempo tornou-se uma paixão nacional. No seu primeiro ano de produção nacional, em 1959, a Volks vendeu 8.406 unidades. Após três anos, se tornou líder de mercado: vendeu 31.014 unidades. E, em julho de 1967, a empresa já comemorava a produção de 500 mil Volkswagens brasileiros. O carro que mais coleciona alcunhas no mundo, também foi rebatizado no Brasil. Aqui o conhecemos como Fusca. Mas não parou por aí, ele é chamado de Besouro, Escaravelho, Baratinha, Ovinho, Fusqueta, Bolha, Joaninha, Fuca. Todos são provas do carinho e da popularidade do automóvel no País. Também é conhecido como Pé de Boi, por enfrentar qualquer tipo de terreno. Tanto sucesso fizeram dele o predileto entre casais e ladrões. Em 2000, o Jornal do Carro passou o New Beetle pelo crivo daqueles que há algumas décadas atrás começaram a namorar dentro de um Fusca

Jornal da Tarde, 5/4/200

 

Jornal da Tarde, 5/4/200

 

Na década 60, além de sucesso de vendas, o Fusca também se tornou um dos carros mais desejados pelos ladrões. Em maio de 1969, o 'Estado' publicou uma reportagem mostrando que do total de carros roubados em 1968, metade era de Fuscas. Além do mercado aquecido de peças, o carro era muito fácil de ser aberto.

 

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