Três deputados envolvidos nos casos conhecidos como mensalão já renunciaram para não serem cassados. Foram eles, João Paulo da Cunha e José Genoino, ambos do PT de São Paulo, e o último, Eduardo Azeredo (PSDB-MG) acusado de peculato e lavagem de dinheiro. Desde a promulgação da Consituição de 1998, 22 parlamentares já usaram o mesmo expediente para evitar a cassação do mandato. O primeiro foi o deputado Gustavo de Faria em 1990, quando foi acusado de irregularidades financeiras durante sua gestão no Instituto de Previdência dos Congressistas (IPC).Do total de renúncias, 19 foram de deputados e 3 de senadores, veja a lista completa:
Natan Donadon (PMDB - RO) - Deputado renunciou para fugir de cassação pelos crimes de peculato e formação de quadrilha.
Coriolano Sales (PFL-BA)- Deputado renunciou para fugir de cassação no caso da CPI dos Sanguessugas.
Paulo Rocha (PT-PA) e José Borba (PMDB-PR) - Pouco minutos antes do Conselho de Ética da Câmara abrir processo contra os denunciados pelas CPIs do Correios e do Mensalão, os deputadas Paulo Rocha (PT-PA) e José Borba (PMDB-PR) renunciaram ao cargo.
Carlos Rodrigues (PL-RJ) - Carlos Rodrigues também renunciou por causa do envlvimento no mensalão.
Severino Cavalcanti (PP-PE) - Acusado de pagar propina, presidente da Câmara deixou o cargo para escapar da cassação e da ilegibilidade.
Valdemar Costa Neto (PL-SP) - Deputado renunciou para fugir de cassação por envolvimento no mensalão
Pinheiro Landim (Sem partido - CE) - O deputado cearense, na época sem partido, foi acusado de chefiar um esquema de venda de habeas corpus para traficantes. Renunciou 15 dias antes do término do mandato para não perder ficar inelegível.
José Roberto Arruda (PSDB-DF) - Senador renunciou para fugir de cassação acusado de envolvimento no caso de violação do painel de votação
Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) - Senador renunciou para fugir de cassação. Foi acusado de quebra de decoro por violar o painel eletrônico de votação no Senado
Jader Barbalho (PMDB-PA) - Senador renunciou para fugir de cassação Foi acusado de mentir sobre suposto envolvimento em desvios no Banpará
João Maia (PFL-AC) e Ronivon Santiago (PFL-AC) - Os deputados alegaram “motivos de foro íntimo” para renunciar ao cargo. Eles foram acusados de terem recebido dinheiro para aprovar a emenda da reeleição.
Cid Carvalho (PMDB-BA), Genebaldo Correia (PMDB-BA), João Alves (sem partido-BA) e Manoel Moreira (PMDB-SP) - Em 1994, todos renunciaram quando foram acusados pela CPI do Orçamento de desvio de verba.
Gustavo de Faria
(Prona-RJ) - Renunciou em 1990, quando foi
acusado de irregularidades financeiras
durante sua gestão no Instituto de Previdência dos Congressistas (IPC).
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