Não é xenofobia, é legislação, afirma médico

Para Nemésio Tomasella, do CRM de Tocantins, médicos estrangeiros devem passar pelo Revalida

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Por Carlos Eduardo Entini
Atualização:

Em entrevista ao Estadão Acervo, Nemésio Tomasella, presidente do CRM de Tocantins, argumenta que o problema não é a vinda de médicos estrangeiros, mas o respeito pela legislação brasileira,  “não é xenofobia, de maneira nenhuma, é só seguir a legislação pertinente no País”. Segundo ele os médicos cubanos que foram para Tocantins se inseriram normalmente na comunidade médica, “inclusive nos temos um conselheiro [cubano] no CRM”.

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Tomasella acompanhou o caso dos médicos cubanos no final da década de 1990. Ele argumenta que o problema foi a forma ilegal da atuação, a “secretária [de Sáude] disse que eles chegariam só para dar um apoio para as equipes médicas das localidades e depois observamos que eles começaram a trabalhar, a dar plantões juntos com médicos que tinham o CRM”. Leia também: Tocantins contratou médicos cubanos em 1998

O Ministério Público do Trabalho entrou com ação argumentando que os municípios estavam pagando profissionais sem o devido registro de trabalho. O CRM também pressionou para que a situações fosse regularizada, “passamos uma recomendação para todos os diretores médicos dos hospitais falando que não poderiam deixar essas pessoas trabalhando”, explicou Tomasella.

Na entrevista, feita antes da decisão do governo federal trazer os médicos cubanos. o Tomassella também aponta que a falta de médicos se dá pelas condições precárias do sistema de saúde nas pequenas cidades.

Para ouvir a íntegra da entrevista clique no link.

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