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Obras do Metrô popularizaram implosão em SP

Em apenas oito meses, três prédios do centro foram demolidos nos anos 70

Por Rose Saconi
Atualização:

Há 40 anos, apenas três meses depois da implosão do edifício Mendes Caldeira, outras duas construções no centro de São Paulo foram demolidas para que o Metrô ocupasse a área: o Palacete Tina e o edifício Irmãos Conzo (foto abaixo).

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A história das implosões em São Paulo começou com as obras para a construção do Metrô. Em 16 de novembro de 1975 a técnica foi utilizada pela primeira vez no Brasil para a demolição do edifício Mendes Caldeira. Em apenas nove segundo, 412 quilos de dinamite transformaram os 30 pavimentos do prédio num monte de destroços.

Uma demolição tradicional consumiria cerca de um ano de trabalho. A operação foi considerada perfeita e o novo método mais rápido, seguro e econômico, começou a ser aplicado em diversas demolições no Brasil.

Menos de três meses depois foi a vez de o Palacete Tina, também no centro, desabar por meio da técnica de explosivos (foto abaixo).

A demolição deveria acontecer no dia 15 de fevereiro de 1976, mas por motivos de segurança foi adiada e aconteceu no dia 22. Naquela segunda implosão da cidade, o prédio de doze andares, construído em 1939, ruiu em apenas 5,7 segundos. “Quem piscou nem viu o Palacete Tina cair”, brincou o jornal no dia seguinte.

No mês de julho do mesmo ano, assim como o Tina e o Mendes Caldeira, foi a vez do edifício Irmãos Conzo ser destruído, abrindo espaço para o Metrô. Em apenas seis segundos, 35 quilos de dinamite puseram abaixo o prédio de doze andares (foto abaixo). A implosão desse edifício deveria ter acontecido também no mês de fevereiro, mas a proximidade com o prédio do Diário Popular e o receio de que a vibração provocada pelos explosivos atingisse os equipamentos do jornal, acabou adiando a demolição.

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Tags: Urbanismo, São Paulo

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