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Prédios de São Paulo: Bretagne

Com unidades esgotadas, anúncio do edifício convidava para visitação 'pelo prazer de vê-lo'

Por Liz Batista
Atualização:

Vá visitar o Bretagne pelo prazer de vê-lo”, o anúncio de lançamento do edifício Bretagne adotava a forma de um convite para apresentar o mais novo projeto do arquiteto João Artacho Jurado à sociedade paulistana, sem a intenção de vender unidades. “Não temos, no Bretagne, unidades para serem vendidas. Desejamos sua visita pela satisfação única de podermos mostrá-lo. E V.S. Sentirá alegria no só prazer de vê- lo", seguia o anúncio. Sucesso de vendas, o edifício já não dispunha de apartamentos para vendas quandoa publicidade foi publicada no Estado, em 09 de novembro de 1958.

 

O Estado de S.Paulo - 09/11/1958

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A construtora e imobiliária Monções, dos irmãos Artacho Jurado, inovava com uma ação de marketing que incluía a manutenção de umaexposição para os interessados em fazerem uma visita à obra:“Orgulhosos, com justiça, pela honra de podermos entregar a São Paulo o magnífico Bretagne, temos a satisfação de convidar os habitantes desta grande cidade e a gente de fora, para visitarem o edifício agora em exposição, diariamente, à Avenida Higienópolis, 938”, dizia o convite. O anúncio também listava porque o condomínio era diferente dos outros: “O Bretagne não é apenas mais um prédio de apartamentos a modificar a fisionomia arquitetônica da Capital. Representa, antes, a efetivação de uma concepção pioneira, digna de ser vista, de como se pode morar em apartamentos, possuindo-se, ao mesmo tempo, o conforto e a alegria propiciados por ambientenobres, sociais e de recreação para adultos, adolescentes e crianças, todos aparelhados, mobiliados e decorados com o fino gosto artístico que caracteriza a inconfundível linha “Monções”, superando mesmo tudo o que até agora, só poderia ser encontrado em palácios de alto custo e refinado capricho”. A publicidade terminava com o depoimento de figuras ilustres sobre a visitação.

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Na época da sua inauguração, em 1959, o prédio destacava-se por alguns diferencias de mercado. Entre eles: um projeto assinado pelo renomado arquiteto e empreiteiro João Artacho Jurado; sua altura, 18 andares faziam da obra uma das mais altas na região no período; a piscina, poucos condomínios contavam com esse espaço de lazer e os 3 m de pé-direito, que produziam um efeito de amplitude nos 173 apartamentos do prédio. O Bretagne é até os dias hoje um dos edifícios com maior procura para aluguel e compra, e também local frequente nas listas de passeios turísticos da cidade. Siga: twitter@estadaoacervo | facebook/arquivoestadao | Instagram | # Assine 

 

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