Prédios de São Paulo: Galeria Metrópole

Com bares e boates badalados, a luxuosa galeria foi ponto de encontro nos anos 1960

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Por Cley Scholz
Atualização:

A maior concentração de lojas da América Latina. Assim foi anunciado, no dia 21 de junho de 1960, o Centro Metropolitano de Compras, na Praça Dom José Gaspar, entre as avenidas São Luís, Ipiranga e Rua Sete de Abril.

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O centro comercial, onde funcionou por muitos anos o Cine Metrópole, era um ponto de luxo nos anos 1960 e começo dos anos 1970, com bares tomados por universitários. O anúncio de lançamento mostra carros sofisticados e um público elegante nas varandas do prédio. Ainda era apenas um projeto para ser entregue em 28 meses, mas as obras estavam em andamento ‘24 horas por dia’. O texto destacava os 1.200 metros de vitrines, 14 escadas rolantes ‘para subir e para descer’, boate, ‘bar americano e grill room’ e cinema para 1.200 pessoas. Além disso, 80 conjuntos para escritórios servidos por cinco elevadores, 20 mil metros quadrados de lojas e 100 metros de frente para três ruas.

>>Veja outros prédios da série

Em 1974, a galeria começou apresentar sinais de decadência. Num mercado que pedia diferenciação, suas lojas padronizadas deixaram de ser competitivas. Nesse período, a violência no centro de São Paulo também cresceu, afetando todo o comércio da região. Veja no ‘Páginas Selecionadas’, como a Metrópole sofreu com o problema da segurança e “passou a ser uma constante no noticiário policial”.

Em 1981, a revitalização da praça D. José Gaspar , a recuperação das calçadas e o novo planejamento de jardinagem, com floreiras que cortavam a Av. São Luís, prometiam dar uma nova cara ao centro e reanimar o comércio da galeria. Hoje, o conjunto abriga agências de turismo, lojas e restaurantes e experimenta o movimento derevalorização do centro de São Paulo.

>>O prédio hoje

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