
Bateu de frente é só tiro, porrada e bomba. Três anos depois de protagonizar o primeiro filme em que um veterano de guerra injustiçado por um policial destruia uma cidade, Sylvester Stallone voltava às telas em 1985 com Rambo II, a Missão para cutucar as feridas não cicatrizadas da Guerra do Vietnã com tiros, flechadas, facadas, músculos e muitas, muitas, mortes. Uma revista contabilizou 44 seres humanos abatidos, sem contar as massas dizimadas em explosões.

Era tanta violência que o Conselho Britânico de Segurança de Londres cogitou censurar o filme por sua "violência demoníaca". Do outro lado do Atlântico, em sua terra natal, foi uma verdadeira e milionária Rambomania, com jovens gritando "USA, USA" nas salas de cinema quando Rambo matava mais um. O presidente norte-americano e ex-ator de Hollywood Ronald Reagan adorou e soltou essa quando se preparava para um pronunciamento sobre a liberação de 39 americanos sequestrados em Beirute por aqueles dias: "Depois de ver Rambo ontem à noite, já sei o que fazer na próxima vez."
"Perigoso", "inverossímel", "racista"


Tags: Cinema, Sylvester Stallone
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