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Selo Eldorado estreou com chorinho

Gravadora que completa 35 anos tem a marca do ecletismo

Por Rose Saconi e Carlos Eduardo Entini
Atualização:

Há 35 anos um novo selo revolucionou o mercado fonográfico com uma proposta ousada: a de registrar a boa música popular e erudita no Brasil, então esquecida pelas grandes gravadoras. No dia 9 de novembro de 1977, ano em que se comemorava o centenário do nascimento do chorinho, foi lançado o disco "Revendo com a Flauta os Bons Tempos do Chorinho" LP que inaugurou o Selo Eldorado, do Grupo Estado.

"A partir de hoje, além da Rádio e do Estúdio, a marca Eldorado passa a significar também uma companhia gravadora de discos", anunciou o Jornal da Tarde.

 

O disco, com 12 chorinhos interpretados pela flautista capixaba Carlos Poyares acompanhado por uma impecável equipe de instrumentistas, sintetizava o projeto do selo criado pelo fundador do Estúdio Eldorado, João Lara Mesquita. "O selo Eldorado surge para preencher um vazio no mercado", disse ao Estado. O LP foi lançado oficialmente durante um coquetel no próprio estúdio, na Rua Major Quedinho, 76. No mesmo dia, a Eldorado inaugurou também quatro novos canais para a gravação de jingles.

 

O disco foi gravado numa única sessão de 23 horas, sem qualquer solução de continuidade. Os músicos liderados por Poyares gravaram uma verdadeira antologia do chorinho e a crítica aplaudiu de imediato a iniciativa. O Selo Eldorado tinha chegado mesmo para preencher um vazio no mercado e oferecer uma opção cultural para o público. O primeiro disco da Eldorado saiu com 12 faixas, entre as quais Ingênuo e Um Chorinho para Elizeth, de Pixinguinha; Brejeiro, de Ernesto Nazareth; Flor Amorosa, de Joaquim da Silva Calado e Choro Serenata, de Sivuca.

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