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Viu esta página? 1988 | Egberto Gismonti

Há 30 anos o compositor lançava o disco 'Feixe de Luz'.

Por Cristal da Rocha
Atualização:

A capa do Caderno 2 em 28 maio 1988 traziao compositor e instrumentista Egberto Gismonti falando sobre o  lançamentode seu mais recente disco à época, o 'Feixe de Luz'.

O título da matéria  era 'Egberto Gismonti, passado e futuro' e anunciava  o  trigésimo segundo álbum de sua carreira. O disco foi produzido em homenagem à mãe do compositor, falecida em outubro de 1987: "o disco é uma homenagem a ela" e seguia "sua morte me ensinou muito. Perdi meu último medo - o de morrer - e percebi estar cada vez mais ligado às coisas que chamam de eternas; coisas impossíveis de verbalizar."

Capa do Caderno 2 em 28 maio 1988. Foto: Estadão Acervo

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A vida pessoal de Egberto se entrelaçava com a carreira artística, no caso de 'Feixe de Luz' uma reconhecida demonstração de admiração por sua mãe e todos os músicos escolhidos a conheceram pessoalmente. Outro exemplo, voltando um pouco no tempo, é o caso do disco 'Carmo' de 1977 no qual o artista falava sobre sua cidade natal. A matéria de 21 de dezembro 1977 o próprio Egberto dizia "Este disco foi feito para agradecer e homenagear o Carmo e a música do Carmo. Fundamentalmente, é um trabalho que tem a energia que eu descobri voltando à cidade do Carmo (RJ), depois de muitos anos". O jornalista segue "Foi também um reencontro com suas raízes, onde ele tocou o que quis, da forma que escolheu". Gismonti finaliza: "O disco é um encontro afetivo, um disco de emoções."

A sequência de fotos utilizadas na matéria estão em um dos Contatos Fotográficos que fazem parte da coleção do Acervo Estadão.

As imagens foram feitas pelo fotógrafo Nem de Tal no dia 26 maio 1988.

Imagens feitas pelo fotógrafo Nem de Tal. Foto: Nem de Tal / Estadão Acervo

Egberto Gismonti foi retratado bastante à vontade, acendendo seu cigarro e tomando seu cafezinho enquanto conversava com o jornalista.

Cafezinho. Foto: Nem de Tal / Estadão Acervo

Pela série de imagens, neste caso 35 fotogramas, é possível perceber que o fotógrafo retratou seu personagem de diversos ângulos, a imagem ou as imagens escolhidas para ilustrar a matéria representavam uma pequena parcela do que havia sido registrado por Nem de Tal.

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Acendendo um cigarro. Foto: Nem de Tal / Estadão Acervo

As imagens não escolhidas eram preservadar no arquivo do jornal aguardando novas oportunidades de estamparem as páginas e matérias. Como a quantidade de fotos é imensa, estimada em 55 milhões de fotogramas - as pequenas fotos de prova, que eram ampliadas pela demanda das matérias - há um ouro bruto no Acervo Estadão.  A série 'Contatos Fotográficos' traz à luz imagens que estariam esperando uma chance para serem usadas, dando um novo significado ao retratado pelos fotógrafos. Imagens que talvez não fossem escolhidas pelo seu tom muito informal ou demasiado artísticas, porém na série elas ganham novo significado e é possível em muitos casos acompanhar a sequência completa e conhecer as fotos que vieram antes e depois de imagensjá velhas conhecidas pelo público como a fotografia em que Cazuza coloca a língua para fora no ano de 1986.

Pochete, a prova definitiva que a moda é cíclica.

Pochete, acessório de outros tempos que retornou com força total. Foto: Nem de Tal / Estadão Acervo

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