Amauri

Jogador de basquete

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Por Redação
Atualização:

Amauri Antônio Pasos

11/12/1935, São Paulo (SP)

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Filho de argentinos nascido na capital paulista, voltou para a terra natal de seu pais aos cinco anos de idade, por causa de uma doença da mãe. Começou no esporte praticando natação, mas apaixonou-se pelo basquete, jogando no time juvenil do clube Buchardo. Voltou ao Brasil com 15 anos e entrou para o Tietê, clube onde iniciaria sua vitoriosa carreira. Começou jogando como pivô e migrou para  posição de ala e armador. Foi campeão paulista e brasileiro juvenil em 1951.

Sua primeira convocação para a seleção brasileira foi aos 18 anos de idade. Era o início de uma geração vitoriosa para o basquete brasileiro. Em 1954 foram vice-campeões mundiais no torneio que foi disputado em casa. Amauri fez 9 jogos e marcou 100 pontos. Em 1955 fez parte do elenco que conquistou a medalha de bronze nos jogos Pan-americanos da Cidade do México. Disputaria a primeira Olimpíada no ano seguinte, defendendo a seleção nos jogos de Melbourne, ficando na sexta colocação.

Formou-se em educação física em 1957 e mudou de clube, deixando o Tietê e indo para o Sírio-Libanês, clube que defenderia por 11 anos.  Por lá conquistou por tês vezes o Campeonato Paulista (em 1959, 1962 e 1967) e uma vez a Copa Campeão Sul-americano (1961).

A primeira grande conquista com a seleção brasileira veio nesse período, em 1959. No dia 31 de janeiro o basquete do País obteve seu maior título até então, derrotando o Chile, na sua casa, e se sagrando campeão mundial. Amauri participou de 9 jogos computando 137 pontos. O ano de 1960 foi mais uma confirmação da grande fase de sua carreira e também do bom momento vivido pelo esporte no Brasil. Defendendo a seleção, foi campeão sul americano na Argentina. Era também ano de Olimpíada, que veio a ser disputada em Roma. O selecionado brasileiro conquistou medalha de bronze, com Amauri marcando 145 pontos em oito jogos.

Os resultados nos anos seguintes continuariam afirmando o Brasil como uma nova potência no basquete com Amauri sendo um de seus principais jogadores. Em 1961 foi conquistou o bicampeonato sul americano, fato que se repetiria com o tri, em 1963. Foi nesse mesmo ano que o segundo título mundial foi conquistado. O torneio foi novamente disputado no Brasil e Amauri atuou como pivô. No mesmo ano o Brasil foi prata no Pan-americano de São Paulo. No ano seguinte, nova medalha de bronze, desta vez nos jogos Olímpicos de Tóquio. Quase não foi à competição porque estava construindo uma casa no Morumbi e ajudava o pai com os negócios, abrindo uma fábrica de unhas postiças. Acabou indo para aquela que seria sua última Olimpíada.

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Considera até hoje as duas medalhas olímpicas como as vitórias mais relevantes de sua carreira.Não seria possível repetir o feito. No mundial de 1967 só foi conquistado o 3º lugar e nos jogos Pan-americanos de Winnipeg um 7º. No ano seguinte ele iria se transferir para o Corinthians, clube que defendeu até o final de sua carreira, em 1972.Passou a trabalhar com o pai no ramo de utensílios femininos, quando mais jovem chegou a cuidar do Salão de Beleza da família , e também confeccionava bolsas e malas. Entretanto seu ciclo no basquete ainda não estava encerrado. Em 1982 foi dirigir o Monte Líbano. Virou também técnico assistente da seleção brasileira.  Com o clube, venceu duas vezes o campeonato paulista e um sul-americano. Acabou deixando os cargos em 1983, por se indispor com dois jogadores.

Aos 60 anos voltou as quadras e obteve o título mundial de Masters de basquete. É um dos poucos jogadores que está incluído no Hall  da Fama da Federação Internacional de Basquete.

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