Bibi Ferreira

Atriz

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Por Redação
Atualização:

 Abigail Izquierdo Ferreira

01/06/1922, Salvador (BA)  - 13/02/2019, Rio de Janeiro (RJ)

A filha do ator Procópio Ferreira e da bailarina espanhola Aída Izquierdo fez sua estreia teatral aos 24 dias de vida, na peça "Manhãs de Sol", de autoria de Oduvaldo Vianna, substituindo uma boneca que havia desaparecido pouco antes do início do espetáculo. Com a separação dos pais passou a viver com a mãe, que foi trabalhar na Espanha, na Companhia Velasco de Teatro.

De volta ao Brasil, entrou para o Corpo de Baile do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, onde permaneceu por longo tempo, até estrear na companhia do pai. Aos nove anos teve negada a matrícula no Colégio Sion, em Laranjeiras, por ser filha de um ator. Completou o curso secundário no Colégio Anglo Americano.

Sua estreia profissional nos palcos aconteceu em 1941, quando interpretou "Mirandolina", na peça "La locandiera". Em 1944, montou a própria companhia teatral, reunindo alguns dos nomes mais importantes do teatro brasileiro, como Cacilda Becker, Maria Della Costa e a diretora Henriette Morineau.

Na década de 1960, vieram os sucessos dos musicais, como "Minha Querida Dama" (My Fair Lady), estrelado por ela e Paulo Autran. Nessa época atuou também em musicais de teatro e televisão. Em 1960, começou a apresentar na TV Excelsior de São Paulo o programa "Brasil 60," que era ao vivo e durante dois anos levou à televisão os maiores nomes do teatro.

No ano de 1970 dirigiu "Brasileiro, Profissão: Esperança", de Paulo Pontes. Em 1972, atuou em "O Homem de La Mancha", ao lado de Paulo Autran, com tradução de Paulo Pontes e Flávio Rangel. Em 1975, participou de "Gota d'Água", de Chico Buarque e Paulo Pontes. Em 1976 dirigiu Walmor Chagas, Marília Pêra, Marco Nanini e 50 artistas em "Deus lhe Pague", de Joracy Camargo.

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Em 1980 dirigiu "Toalhas Quentes", de Marc Camoletti. Em 1981, "Um Rubi no Umbigo", de Ferreira Gullar, e "Calúnia", de Lillian Hellman. No mesmo ano estreou "O Melhor dos Pecados", de Sérgio Viotti, promovendo a volta aos palcos de Dulcina de Moraes, após vinte anos de ausência. Em 1983 voltou aos palcos com "Piaf, a Vida de uma Estrela da Canção". Por sua atuação recebeu os prêmios Mambembe e Molière, em 1984 e, no ano seguinte, da Associação dos Produtores de Espetáculos Teatrais do Estado de São Paulo (APETESP). O espetáculo, que fez muitas viagens, permaneceu seis anos em cartaz e, em quatro anos, atingiu um milhão de espectadores, incluindo uma temporada em Portugal, com atores portugueses no elenco.

Nos anos 90, reviveu seus maiores sucessos, remontando "Brasileiro, Profissão: Esperança" e fazendo um espetáculo em que cantava canções e contava histórias de "Piaf". Em "Bibi in Concert", comemorou 50 anos de carreira e, depois de anos de temporada, fez o "Bibi in Concert 2". Em 1996 recebeu o Prêmio Sharp de Teatro. Em 1999 dirigiu pela primeira vez uma ópera, "Carmen", de Georges Bizet.

Bibi Ferreira em 1977 Foto: Acervo/ Estadão

No ano de 2001 Bibi estreia no Rio de Janeiro o espetáculo "Bibi Vive Amália", no qual contava e cantava a vida da grande fadista portuguesa Amália Rodrigues. Em 2003 dirigiu Antônio Fagundes em "Sete Minutos". Em 2004, lançou CD e DVD do show "Bibi Canta Piaf", em que a artista interpretava a cantora francesa Edith Piaf. Em outubro de 2005, estreou o show "Bibi in Concert III - Pop", em São Paulo.

Em 2007 voltou ao teatro de prosa em "Às Favas com os Escrúpulos", de autoria de Juca de Oliveira e dirigida por Jô Soares. Em 2009, aos 87 anos, em pleno Ano da França no Brasil, retornou ao palco do Maison de France para uma curtíssima temporada de "Bibi canta e conta Piaf".

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