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Bin Laden

Líder terrorista

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Por Redação
Atualização:

Osama bin Mohammed bin Awad bin Laden

10/3/1957, Riade (Arábia Saudita) - 1/5/2011, Abbottabad (Paquistão)

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Foi o principal símbolo da resistência pan-islamista (doutrina fundamentalista que data do século 12) a influência americana no Oriente Médio. Sua data de nascimento não é precisa, mas sabe-se que foi um dos 52 filhos do magnata da construção Muhammad bin Laden. Ao contrário de seus irmãos, não saiu do país para estudar, passando grande parte da infância e da adolescência usufruindo da fortuna da família. Na escola teve os primeiros contatos com as atividades da Irmandade Muçulmana, um grupo militante em países árabes.

Sua vida dentro do fundamentalismo islâmico cresceu somente na Universidade de Jeddah, quando foi influenciado pelo professor Abdullah Azzam e tornou-se adepto do pan-islamismo, doutrina que revivia devido às influências ocidentais na região. Em 1979 foi convencido pelo mentor a ingressar no combate a invasão soviética ao Afeganistão ao lado dos mujahidin, guerreiros muçulmanos. Com apenas 22 anos se tornou um dos principais combatentes, tanto pelo seus ideais, quando pela sua fortuna, amplamente investida no conflito. Pagava para quem lutava ao seu lado. Esse grupo seria conhecido em 1988 como “Al Qaeda”.

Com a derrota da URSS em 1989 bin Laden  voltou para a Arábia Saudita. Se tornou uma celebridade local fazendo discursos e inspirando os jovens. A monarquia árabe via-o como um trunfo a invasão cultural ocidental, principalmente caso influências politicas se aproximassem e ameaçassem seu poder. Os problemas começariam em 1990, quando o país apoiou e recebeu tropas americanas durante a Guerra do Golfo. Bin Laden entendia que não poderia se permitir a entrada de “infiéis” do ocidente no país sede das cidades sagradas do islamismo (Meca e Medina) é que a problemática invasão do Kuwait por Sadam Hussein deveria ser resolvida pelos povos árabes. Começou uma intensa campanha antiamericana até ser convidado a deixar o país em 1991. Nessa época também sua família, que mantinha negócios com os Estados Unidos, cortou relações com ele.

Sua carreira como terrorista começava ai. Foi para o Sudão onde criou seus primeiros campos de treinamento para a “fatwa”, a guerra sagrada contra os EUA e a monarquia saudita. Seus primeiros ataques são dessa época. Está ligado ao ataque a bomba no hotel de Áden (quando morrem dois turistas) e no World Trade Center (cuja responsabilidade maior ficou com Ramzi Yousef). Em 1994 perdeu sua nacionalidade devido a seus decretos e ações. O governo sudanês também cedeu às pressões internacionais e expulsou Osama do país. Ele foi então para o Afeganistão. Protegido pelo governo Talibã (casou com uma das filhas do líder Mohamed Omar) pode dar continuidade aos planos contra o ocidente.

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Em 1998 foi um dos fundadores da Frente Islâmica Mundial contra Judeus e Cruzados. No mesmo ano orquestrou os ataques a embaixadas americanas no Quênia e na Tanzânia que mataram 220 pessoas. Em resposta os EUA disparam mísseis contra as cavernas afegãs onde Osama residia. Entretanto as constantes mudanças de acampamento e os cuidados da Al-Qaeda tornam-no um alvo difícil.

Em agosto de 2001 o jornal "Al- Quds al-Arabi" recebeu alertas de fundamentalistas islâmicos que bin Laden planejava um atentado sem precedentes contra os Estados Unidos. As ameaças se concretizaram na manhã de 11 de setembro quando quatro aviões foram sequestrados por terroristas e lançados contra o World Trade Center e Pentagóno (o último tinha como alvo a Casa Branca mas foi derrubado pelos passageiros antes que atingisse o alvo). A Al-Qaeda assumiu a responsabilidade. Em resposta os americanos, invadiram o Afeganistão, depondo o regime Talibã que apoiou e protegeu o terrorista e iniciando uma busca pelo mentor do plano que matou 3 mil pessoas.

Continuou mudando de lugar e se escondendo, aparecendo apenas em vídeos e mensagens de áudio com novas ameaças. Após 10 anos de busca e dezenas de boatos de sua morte o exérrcito americano o encontrou, em 1 de maio de 2011, escondido próximo a uma base militar no Paquistão, onde acabou sendo morto. Seu corpo foi reconhecido e jogado no mar para evitar que torna-se um mártir do terrorismo. 

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