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Carmen Miranda

Cantora e atriz

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Por Redação
Atualização:

Maria do Carmo Miranda da Cunha

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9/3/1910, Marco de Canaveses (Portugal) - 12/8/1955, Los Angeles (EUA)

Logo após seu nascimento, o pai José Maria emigrou para o Brasil. A mãe, Maria Emília veio em seguida com as filhas Olinda e  Carmen, com menos de um ano de idade. No Brasil nasceram os outros quatro filhos do casal,  Amaro (1911), Cecília (1913-2011), Aurora (1915 - 2005) e Oscar (1916). Carmen estudou em uma escola de freiras e teve o primeiro emprego aos 14 anos numa loja de gravatas. Em 1925, Olinda, acometida de tuberculose, voltou a Portugal para tratamento, onde permaneceu até sua morte em 1931.

Em 1929 foi apresentada ao compositor Josué de Barros. No mesmo ano gravou na editora alemã Brunswick, os primeiros discos. O grande sucesso veio a partir de 1930, quando gravou a marcha "Pra Você Gostar de Mim" ("Taí"), de Joubert de Carvalho.

Em 1933 ajudou a lançar a irmã Aurora na carreira artística. No mesmo ano, assinou um contrato de dois anos com a rádio Mayrink Veiga. Em 30 de outubro fez sua primeira turnê internacional, apresentando-se em Buenos Aires. Voltou à Argentina no ano seguinte para uma temporada de um mês. Em dezembro de 1936 deixou a Mayrink e assinou com a Tupi.

A Carreira cinematográfica teve início em 20 de janeiro de 1936, com o filme Alô, Alô Carnaval. No mesmo ano, as duas irmãs passaram a integrar o elenco do Cassino da Urca, de propriedade de Joaquim Rolla. Em 1939, o empresário americano Lee Shubert e a atriz Sonja Henie formalizaram um convite para que Carmen atuasse nos Estados Unidos.

A única exigência feita foi a de que junto com ela  viesse também o grupo musical Bando da Lua. Carmen partiu no navio Uruguai, em 4 de maio de 1939 às vésperas da Segunda Guerra Mundial. A carreira nos Estados Unidos e o começo da consagração se deu a partir de 1929, com a estréia do espetáculo  "Streets of Paris", em Boston.

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No dia 5 de março de 1940, fez uma apresentação perante o presidente Franklin D. Roosevelt durante um banquete na Casa Branca. Em 10 de julho de 1940 retornou ao Brasil, no entanto passou a ser criticada por supostamente ter voltado "americanizada".

De 1942 e 1953 atuou em 13 filmes de Hollywood além dos mais importantes programas de rádio, televisão, casas noturnas, cassinos e teatros norte-americanos.Se tornou a artista mais bem paga de Hollywood. No dia 17 de março de 1947 casou com o americano David Sebastian, nascido em Detroit a 23 de novembro de 1908 e que mais tarde viria a ser seu empresário.

Nesta época o alcoolismo começou  a representar um grave problema.O casamento entrou em crise  mas Carmen Miranda não queria o desquite, pois era uma católica convicta. Engravidou em 1948, mas sofreu um aborto espontâneo depois de uma apresentação e não conseguiu mais engravidar.

Desde o início de sua carreira americana fez uso de barbitúricos para poder dar conta de uma agenda extenuante. Adquiria as drogas com receitas médicas, pois na época os médicos não tinham grandes preocupações com efeitos colaterais. Nos Estados Unidos, tornou-se dependente de vários outros remédios, tanto estimulantes quanto calmantes.

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Em 3 de dezembro de 1954  retornou ao Brasil após uma ausência de 14 anos. Seu médico brasileiro constatou a dependência química e tentou desintoxicá-la. Ficou quatro meses internada em tratamento, numa suíte do hotel Copacabana Palace. Carmen melhorou, embora não tenha se livrado  completamente da dependência .

Em 1955 , no dia  12 de agosto, aos 46 anos de idade morria Carmem Miranda, vitima de  um cardíaco fulminante. Em 12 de agosto de 1955, seu corpo embalsamado desembarcou de um avião no Rio de Janeiro. O cortejo fúnebre até o Cemitério São João Batista foi acompanhado por cerca de meio milhão de pessoas.

"Nunca segui o que dizem que 'está na moda. Acho que a mulher deve usar o que lhe cai bem. Por isso criei um estilo apropriado ao meu tipo e ao meu gênero artístico." mulheres no Acervo

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