Dom Pedro II

Imperador do Brasil

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Por Redação
Atualização:

Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga

2/12/1825, Rio de Janeiro (RJ) – 5/12/1891, Paris (França)

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O nascimento do sétimo filho do casal de Dom Pedro I e dona Maria Leopoldina se deu no Palácio da Quinta da Boa Vista. A imperatriz faleceu quando o príncipe tinha apenas um ano. O direito ao trono do Brasil foi herdado devido do falecimento de seus irmãos mais velhos, Miguel e João Carlos. Em 7 de abril de 1831 Dom Pedro I abdicou do trono e partiu para Portugal, pondo fim ao Primeiro Reinado e dando início ao período de regência, dada a impossibilidade de o herdeiro assumir o trono. Pedro de Alcântara tinha apenas seis anos, razão pela qual ficou sob a tutela de José Bonifácio de Andrade e Silva e, mais tarde, de Manuel Inácio de Andrade Souto Maior, o marquês de Itanhaém. O garoto começou cedo a intelectualizar-se, e aprendeu sobre as artes, línguas estrangeiras e equitação. Foi a camareira-mor Mariana Carlota de Verna Magalhães Coutinho, a condessa de Belmonte, que o iniciou nos estudos. Ele próprio dizia ter nascido para consagrar-se às letras e às ciências.  O período regencial no Brasil terminaria com o chamado Golpe da Maioridade, quando, em 23 de julho de 1840, sob pressão do Partido Liberal, a Assembleia Legislativa declarou Pedro II maior de idade com 14 anos incompletos. Era uma razão para que o jovem filho de Pedro I pudesse encerrar os conflitos políticos internos no país, decorrentes de sua autoridade. Coroado na Capela Imperial do Rio de Janeiro em 18 de julho de 1841 casou-se dois anos depois com a princesa napolitana Teresa Cristina Maria de Bourbon Duas Sicíllias, tendo com ela quatro filhos. No entanto, da prole sobreviveram apenas dois, as princesas Isabel e Leopoldina. Transformações de ordem política e social marcaram seus anos de governo, a exemplo da anistia geral e do restabelecimento do conselho de Estado, além das políticas de pacificação envolvendo a participação do Brasil em revoltas como a dos Liberais (1842), Guerra dos Farrapos (1845) e a Insurreição Praieira (1848). Já do conflito contra o Paraguai, quis participar ativamente; esteve no local do conflito, incorporado ao Exército nacional durante o período do cerco de Uruguaiana.Também durante o império de Pedro II foram construídas as primeiras linhas telegráficas e a primeira estrada de ferro do país (ligando Porto Mauá à Raiz da Serra), além dos incentivos para a imigração estrangeira. No dia 4 de setembro de 1850 teria fim o tráfico negreiro. Os escravos sexagenários seriam mais tarde libertados pela Lei do Ventre Livre e, por fim, a Lei Áurea em 13 de maio de 1888, sancionada por sua filha, a princesa Isabel, então regente. O imperador desejava tornar o Brasil uma nação de reconhecimento internacional, tanto política quanto culturalmente. Ajudou a fundar o Instituto Pasteur em Paris, e o teatro de Wagner, na alemã Bayreuth.A decadência política do império teria início em 1870, desencadeada pelo fim da Guerra do Paraguai, a partir do qual surgiu o Partido Republicano, que ganharia força com o apoio, principalmente, dos cafeicultores. Em 1887, já com a saúde debilitada viajou pela última vez para fora do país como imperador, visitando a França, a Alemanha e a Itália. Dois anos mais tarde a proclamação da República encerraria o império brasileiro, tendo sido prisioneiro no paço da Cidade e encaminhado a deixar o país dentro de 24 horas. Partiu para Portugal com a família dois dias após o golpe republicano. Em 28 de dezembro do mesmo ano viria a falecer dona Teresa Cristina. Com a morte da imperatriz, Dom Pedro II passou a viver na França, em Cannes, Versalhes e Paris, onde participava de eventos sociais e ligados à arte. O “magnânimo”, como era conhecido, morreu de pneumonia em um hotel. Suas últimas palavras teriam sido sobre o desejo de “paz e prosperidade para o Brasil”. Os restos mortais do imperador vieram para o Brasil e foram depositados na catedral de Petrópolis, depois de passarem pela catedral do Rio de Janeiro.

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