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João Figueiredo

Presidente da República

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Por Redação
Atualização:

João Baptista de Oliveira Figueiredo

15/1/1918, Rio de Janeiro (RJ) - 24/12/1999, Rio de Janeiro (RJ)

 

Filho do General Euclides Figueiredo, comandante da Revolução Constitucionalista de 1932,  estudou no Colégio Militar de Porto Alegre, na Escola Militar de Realengo, na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e na Escola Superior de Guerra.

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Ingressou na carreira política ao ser nomeado Secretário Geral do Conselho de Segurança Nacional do governo do Presidente Jânio Quadros. Em 1964, foi integrante do movimento que culminou com o Golpe militar de 1964, que depôs o João Goulart, e deu início ao regime militar no Brasil. Viveu no exílio na Argentina, entre 1932 e 1934 pois o pai comandara a Revolução Constitucionalista de 1932, no Vale do Paraíba, no estado de São Paulo.

Comandou e chefiou várias companhias militares durante o início do Regime Militar como a agência do Serviço Nacional de Informações (SNI), no Rio de Janeiro entre  1964 e 1966. Exerceu o comando da Força Pública de São Paulo de 1966 a 1967, do 1º Regimento de Cavalaria de Guardas, de 1967 a 1969 e foi Chefe do Estado-maior do 3º Exército em 1969

Em 1978 concorreu para presidente pela Aliança Renovadora Nacional (ARENA), na chapa com Aureliano Chaves para Vice-presidente. Seus adversários eram o General Euler Bentes Monteiro para presidente e Paulo Brossard vice, ambos do Movimento Democrático Brasileiro (MDB).

Foi eleito pelo Colégio eleitoral com 355 votos (61,1%), contra 226 dados a Monteiro (38,9%). Em sua posse, pronunciou a famosa frase em que dizia que faria "deste país uma democracia".  Durante  seu governo ocorreram vários atentados terroristas, atribuídos a setores da direita e militares da linha dura. O mais notório deles aconteceu no Riocentro, na Barra da Tijuca,  na noite do dia 30 de abril de 1981. Na ocasião duas bombas explodiram durante um show de música popular promovido pelo Centro Brasil Democrático (Cebrade), em comemoração ao Dia do Trabalho. No local havia cerca de 20 mil pessoas, em sua maioria jovens.

Uma das explosões ocorreu num carro particular que manobrava no estacionamento, matando um dos ocupantes, o sargento Guilherme Pereira do Rosário, e ferindo gravemente o motorista, capitão Wilson Luís Chaves Machado, ambos do DOI-CODI do I Exército.

A imprensa e a opinião pública se convenceram  que as vítimas eram os próprios terroristas, mas o general Gentil Marcondes, comandante do I Exército, divulgou a versão de que ambos cumpriam "missão de rotina" e determinou que o sepultamento do sargento fosse com honras militares.

No aspecto econômico teve uma gestão marcada pela grave crise econômica que assolou o mundo, com as altas taxas de juros internacionais, pelo segundo choque do petróleo em 1979, a disparada da inflação, que passou de 45% ao mês para 230% ao longo de seis anos, e a dívida externa crescente, que pela primeira vez rompeu a marca dos 100 bilhões de dólares, o que levou o governo a recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

Em 1983, têm início as campanhas das Diretas Já, que acabaram rejeitadas no Congresso Nacional. Entretanto, o governo Figueiredo promoveu a primeira eleição civil brasileira desde 1964, que decretava o fim do Regime Militar. Figueiredo apoiava o candidato do PDS, Paulo Maluf, que acabou sendo derrotado pelo candidato oposicionista Tancredo Neves. Como Tancredo  faleceu antes de assumir a presidência, o vice-presidente José Sarney, antigo membro do PDS, assume o poder.

Figueiredo não  entregou a faixa presidencial a Sarney  durante a cerimônia de posse, em  1985, pois o considerava um "impostor", vice de um presidente que nunca havia assumido. O ex-presidente faleceu  em decorrência de uma insuficiência renal e cardíaca. Seu corpo encontra-se sepultado no Cemitério de São João Batista, no Rio de Janeiro.

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