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José Alencar

Vice-presidente do Brasil

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Por Redação
Atualização:

José Alencar Gomes da Silva

17/10/31, Muriaé (MG) - 29/3/2011, São Paulo (SP)

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O 11º filho do casal Antônio Gomes da Silva, comerciante e Dolores Peres Gomes da Silva deixou a casa dos pais aos 14 anos para trabalhar como balconista, em uma loja de tecidos chamada “A Sedutora”. Logo depois se muda para o município de Caratinga, e aos 18 anos  abre uma loja batizada de “A Queimadeira”, por conta dos preços baixos que vendia. Para isto contou com a ajuda do irmão Geraldo Gomes da Silva, que lhe emprestou quinze mil cruzeiros. Vendia diversos artigos: chapéus, calçados, tecidos, guarda-chuvas, sombrinhas, etc. Manteve sua loja até 1953, quando decidiu vendê-la e mudar de ramo.

Iniciou seu segundo negócio na área de cereais por atacado, ainda em Caratinga. Logo em seguida participou - em sociedade com José Carlos de Oliveira, Wantuil Teixeira de Paula e seu irmão Antônio Gomes da Silva Filho, da "Fábrica de Macarrão Santa Cruz".

Em 1967, com o empresário e deputado Luiz de Paula Ferreira, funda em Montes Claros a companhia de Tecidos Norte de Minas, a Coteminas. Atualmente conta onze unidades, sendo uma delas na Argentina. Ao longo dos anos se tornou notório representante do setor empresarial.

Foi Presidente da Associação Comercial de Minas, Presidente do Sistema Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais e Vice Presidente da Confederação Nacional da Indústria.

Candidatou-se às eleições para o governo mineiro em 1994 e, em 1998, disputou uma vaga no Senado Federal, elegendo-se com quase três milhões de votos. No Senado, foi presidente da Comissão Permanente de Serviço de Infra-Estrutura membro da Comissão Permanente de Assuntos Econômicos e integrante da Comissão Permanente de Assuntos Sociais.

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A presença de Alencar foi decisiva na vitória de Lula ao angariar o apoio do empresariado e de setores mais conservadores do eleitorado, desconfiados com a possibilidade de um presidente da República sindicalista.

Foi um vice-presidente polêmico, tendo sido uma voz discordante dentro do governo em relação à política econômica defendida pelo ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, que mantinha os juros altos na tentativa de conter a inflação. A partir de 2004, passou a acumular a vice-presidência com o cargo de ministro da Defesa.

Se desligou do Partido Liberal (PL) em 29 de setembro de 2005, após a crise envolvendo o nome de seu sobrinho Daniel Freitas, um dos fundadores da DNA Publicidade e falecido em 2002. A DNA, que tem como sócio o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, foi investigada por envolvimento no suposto escândalo do mensalão. Ainda em 2005, juntamente com outros ex-membros do PL, participou da fundação do Partido Republicano Brasileiro (PRB).

Por diversas oportunidades, demonstrou-se reticente quanto à sua permanência no cargo, mas a pedidos do presidente Lula, exerceu a função até março de 2006. Nesta ocasião, renunciou para cumprir as determinações legais com o intuito de poder participar das eleições de 2006.

José Alencar possuía um delicado histórico médico. A partir do ano 2000, enfrentou um câncer na região abdominal, tendo passado por mais de quinze cirurgias. Em sua longa batalha contra o câncer, submeteu-se a um tratamento experimental nos Estados Unidos, com resultado inconclusivo. Em 2010, após repetidas internações e intervenções médicas, decidiu desistir de se candidatar ao Senado.

No final de seu mandato como vice-presidente da República, em 2010, apresentava um delicado estado de saúde, sendo necessária até mesmo a interrupção do tratamento contra o câncer. Depois de sucessivas internações voltou para o hospital vindo a morrer devido a falência múltipla de órgãos.

A família de Alencar optou por sua cremação, em cerimônia realizada no dia 31 de março no Cemitério Parque Renascer, em Contagem.

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