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Stalin

Ditador Soviético

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Por Redação
Atualização:

Joseph Vissarionovich Stalin

18/12/1878, Gori (Geórgia) – 5/3/1953, Moscou (Rússia)

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Iniciou os estudos primários com 10 anos, tendo frequentado um colégio religioso no qual os jovens georgianos aprendiam o idioma russo. Ingressou num seminário da Igreja Ortodoxa Georgiana com apenas 16 anos, mas não concluiu os estudos. Nessa época, começou a ler as publicações de Marx e Lênin. Integrou o partido bolchevique em 1903, tendo rapidamente se se envolvido em atividades revolucionárias. Em consequência tornou-se foragido da lei. Promoveu greves, divulgou panfletos e ajudou a conseguir recursos para o partido. Por volta de 1904, casou-se com Ekaterina Svanidze, que morreu poucos anos mais tarde. Adotou o nome Stálin, aço em russo, na juventude.

Em 1912, ajudou a fundar o jornal socialista Pravda (Verdade). No mesmo ano, foi  convidado por Lênin para servir no Comitê Central do Partido Bolchevique. Pouco depois, foi colocado no exílio na Sibéria por um longo período de tempo, de julho de 1913 a março de 1917. Ao regressar do exílio, continuou escrevendo no Pravda e defendeu uma aliança entre bolcheviques e o governo provisório dos mencheviques. No entanto, logo abandonou essa posição e decidiu defender a tomada do poder através de uma insurreição armada.

Após a revolução de novembro de 1917, os bolcheviques estabeleceram um governo provisório dirigido pelo partido e pelas assembleias populares (sovietes). Stálin assumiu dois cargos ministeriais no governo bolchevique: comissário para nacionalidades (1917-1923) e para o o controle do estado (1919-1923). Em 1922, tornou-se secretário geral do comitê central do partido bolchevique. Nessa época, Vladimir Lênin sofreu um derrame e sua saúde começou a se deteriorar. Ao mesmo tempo, passou a desconfiar das ambições de Stálin, tendo inclusive recomendado que Stálin fosse afastado da função de secretário geral do partido. Em 1924, com a morte de Lênin, Stálin foi eleito para sucedê-lo ao lado de dois outros importantes líderes socialistas, Grigory Zinoviev  e Lev Kamenev.

Nos anos seguintes, Stálin se livrou gradualmente da oposição dentro do partido comunista, tendo anulado a influência de Zinoviev e Kamenev com auxílio dos políticos Nicolay Bukharin e Aleksey Rykov, ambos mais tarde igualmente despojados do poder. O político soviético também passou a perseguir Leon Trotsky, importante comunista russo com quem mantinha sérias divergências teóricas e políticas, tendo o expulsado da União Soviética em 1929, além de ter mandado assassiná-lo no México em 1940. Em 1941, adquiriu poder supremo ao assumir a chefia do Conselho dos Comissários do Povo.

A ascensão de Stálin à proeminência política na União Soviética marcou o início de uma nova fase na história da República. Em 1928, contrariando a Nova Política Econômica estabelecida por Lênin, acelerou os processos de industrialização e centralização da economia por meio de seus planos quinquenais. O trabalho compulsório nos campos e a forma como o processo de coletivização das terras foi realizado teve duras consequências para o campesinato. Stálin favoreceu uma maior centralização da política soviética, sobrepondo as mais altas instâncias de deliberação aos conselhos populares. Em 1934, após o assassinato do popular líder soviético Sergei Kirov, responsabilizou Trotsky e seus seguidores pelo crime, tendo perseguido opositores num episódio que ficou conhecido como “Grande Expurgo”. Muitos opositores políticos de Stálin foram presos, executados ou enviados para os gulags (campos de trabalho forçado) na Sibéria. O governo também orientou-se por uma política cultural mais conservadora, tendo recriminalizado o aborto e a homossexualidade na década de 30.

A União Soviética sob Stálin se tornou a segunda maior economia do mundo após a segunda guerra mundial, obteve grandes vitórias contra a Alemanha Nazista e desenvolveu tecnologia nuclear em um espaço de tempo bastante curto. Stálin liderou os projetos de reconstrução do país no pós-guerra e promoveu o desenvolvimento de tecnologia espacial. Após sua morte, foi diversas vezes denunciado pelos seus sucessores, particularmente no Congresso Comunista de 1956.

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