Em outubro de 1969, o Brasil parou para homenagear os homens vindos da Lua. O País recebeu dois dos astronautas americanos que realizaram a primeira viagem à Lua em 20 de julho daquele ano, Neil Armstrong e Michael Collins.
No Rio de Janeiro, a simpatia de Armstrong cativou e encheu de orgulho os brasileiros, quando durante cerimônia de condecoração ele lembrou um compatriota como pioneiro da aviação. “É uma honra para nós estar aqui junto dos senhores e receber esta comenda. Magníficos pioneiros, desde Santos Dumont até a descida da Apolo -11 no Mar da Tranquilidade, os aviadores fizeram coisas novas e estabeleceram novas fronteiras”, disse Armstrong. Para surpresa e contentamento brasileiro, o primeiro homem a caminhar pela Lua creditou a Santos Dumont, e não aos irmãos Wright, a conquista dos céus.
Condecorados pelo chanceler Magalhães Pinto com a Ordem do Cruzeiro, em cerimônia realizada no Palácio do Itamaraty, os astronautas também foram presenteados com selos comemorativos de sua descida na Lua e exemplares do livro infantil Flicts de Ziraldo. O livro conta a história de uma cor chamada filcts que busca mas não encontra seu lugar no mundo, até que um astronauta a leva para Lua, e lá acontece a feliz constatação: “a Lua é flicts”. Armstrong fez questão de escrever ao autor um bilhete reafirmando a descoberta da deslocada cor, escreveu: “the Moon is flicts”.
Turnê mundial. Após um zeloso período de quarentena, os heróis americanos estavam prontos para rodar o mundo. Milhares de pessoas de diversos países aguardavam ansiosamente para vê-los e homenageá-los por sua incrível façanha. Assim, em setembro de 1969, os astronautas que estiveram na Lua começaram sua turnê internacional.
A viagem incluiu a rápida visita ao Brasil, a bênção do Papa no Vaticano, uma passagem pelas trincheiras no Vietnã, para saudar e levantar o moral de seus patriotas combatentes e até uma visita à União Soviética onde estiveram no Centro de treinamento de Cosmonautas Yuri Gagarin.
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