Atentado de Sarajevo: tiros que resultaram em guerra

Assassinato do arquiduque austro-húngaro, que desencadeou a 1ª Guerra Mundial, completa 100 anos

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Por Liz Batista
Atualização:

Com dois tiros, o nacionalista sérvio Gavrilo Princip deu inicio à cadeia de eventos que levou a Europa a um dos maiores conflitos já visto pela humanidade. Em 28 de junho de 1914, Gavrilo interceptou o comboio que levava o arquiduque Francisco Ferdinando de Habsburgo, herdeiro do trono Austro-Húngaro e sua esposa, Sofia. Com uma semiautomática, disparou e matou o casal Habsburgo. O atentado é tido como um estopim da Primeira Guerra Mundial. Mais de 9 milhões de soldados morreram no confronto que envolveu países dos 5 continentes.

O casal estava em vista à Sarajevo, então capital da província austro-húngara da Bósnia e Herzegovina. Eles já haviam escapado de uma primeira tentativa de assassinato, mas a sorte lhes faltou na segunda. Ferdinando foi atingido na jugular, Sofia no abdômen. O Estado publicou, na primeira página da edição de 29 de junho de 1914, diversos telegramas. Vindos de Viena, Berlim e Roma, as notas tratavam do atentado, da prisão dos responsáveis e das repercussões do crime. Um retrato do arquiduque  foi publicado na parte interna do jornal.

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Em resposta ao atentado, o Império Austro-Húngaro ameaçou entrar em guerra contra o reino da Sérvia, caso os sérvios não seguissem sua lista de demandas. A Sérvia rejeitou uma das condições do documento conhecida como o Ultimato de Julho, se opôs a incluir os austro-húngaros na sua investigação judicial. Um mês após o atentado, em 28 de julho de 1914, o Império Austro-Húngaro declarou guerra contra a Sérvia e invadiu a região. Uma a uma, as potências europeias viram os sistemas de alianças político-militares que as ligavam empurrá-las para o confronto. Em agosto, o conflito se deflagrou pelo continente europeu.

Atualizado em 30/6, às 11h00.

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