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Clóvis Bornay contra o resto no baile do Municipal

De tanto ganhar o concurso de fantasia, carnavalesco tornou-se 'hors-concours'

Por Rose Saconi
Atualização:

Na porta do teatro todo tipo de pessoa, desde simples e anônimos foliões a autoridades e políticos, se aglomeravam para acompanhar a chegada dos concorrentes. Concurso. Inspirados nos bailes de máscara do carnaval de Veneza, os desfiles começaram em 1932, segundo relatou em uma entrevista Clóvis Bornay, um dos grandes astros do baile, e ganhador dessa que foi a primeira edição do concurso, com a fantasia 'Príncipe Hindu'. Bornay desmanchou um lustre de cristal e levou à uma modista italiana, que confeccionou a roupa. Ganhou 190 mil réis, uma pequena fortuna na época.

 Foto: Estadão

A partir de então, foram anos seguidos de prêmios, fantasias originais e sempre deslumbrantes. O costureiro Evandro de Castro Lima era outro grande nome do concurso e o maior adversário de Bornay. Outros artistas, como Wilza Carla, Jésus Henriques, Violeta Botelho, Nucia Miranda, Mauro Rosas, Marlene Paiva, Guilherme Guimarães, também foram nomes marcantes dos concursos. Com muitas vitórias acumuladas, Clóvis Bornay foi declarado, em 1961, “hors-concours’ e ganhou o direito de se apresentar nos concursos sem ser julgado. Os bailes no Municipal terminaram em 1972. Os desfiles continuaram em outros clubes e salões, mas nunca repetiram o glamour daqueles realizados no teatro Municipal.

 Foto: Estadão
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