Como era São Paulo sem o prédio do Masp

Na avenida Paulista, o Belvedere Trianon era ponto de encontro da alta sociedade

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Por Rose Saconi
Atualização:
 

O local onde está o vão do Museu de Artes de São Paulo (Masp), na avenida Paulista, ainda mantém a bela vista de quando era, até o começo do século 20 apenas um terreno elevado natural, de terra batida que ficava na frente de uma reserva de arvoredo. Mais tarde viria a ser o Parque Siqueira Campos. Até que em 1916 foi inaugurado ali o Clube Belvedere Trianon. "São Paulo possui um estabelecimento, como certamente não há outro na América do Sul (...). Hoje realisa-se a primeira sorieé-tango offerecida pelo sr. Vicente Rosatti às exmas. familias paulistas", noticiou o Estado quando o Belvedere foi inaugurado. Surgia então o Trianon (o nome Belvedere, bela vista em italiano, não pegou), um misto de restaurante e confeitaria que, em pouco tempo, tornou-se era um ponto de encontro obrigatório da alta sociedade da época.

O Estado de S. Paulo - 15/6/1916

 
 

O Estado de S. Paulo - 26/4/1953 e 15/7/1953

 

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A mostra foi um sucesso artístico e cultural. Terminada a Biienal, tratou-se da construção definitiva do Museu de Arte. A prefeitura doou o terreno (com a exigência de que a vista para o centro da cidade fosse preservada) e o que restava do velho Trianon foi pulverizado para dar lugar ao novo edifício.O prédio do Masp, como todo mundo conhece hoje, foi projetado em 1958 pela arquiteta italiana Lina Bo Bardi, e levou dez anos para ser concluído. A inauguração foi no dia 7 de novembro de 1968 e teve a presença de pessoas ilustres, como a rainha da Inglaterra Elizabeth II.

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