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Fotos Históricas: Elis Regina arrastando fãs

Há 50 anos a cantora, com apenas 20 anos de idade, vencia Festival de MPB da TV Excelsior

Por Liz Batista
Atualização:

Elis interpreta 'Arrastão' nas eliminatórias do festival , em 1/4/1965. Acervo/Estadão

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Há 50 anos, Elis Regina vencia o 1º Festival de Música Popular Brasileira da TV Excelsior. Em 6 de abril de 1965, sua eletrizante interpretação de Arrastão, canção de Edu Lobo e Vinicius de Moraes, levou o 1º lugar no concurso. A foto foi tirada em 1 de abril de 1965, quando a cantora , na época com apenas 20 anos de idade, disputava a eliminatória em São Paulo. O 2º lugar do festival ficou com Canção do Amor que Não Vem, de Vinicius e Baden Powell, interpretada por Elizete Cardoso. O evento nasceu como uma alternativa para a grade jornalística da TV Excelsior que, de olho na onda da Bossa Nova que crescia em popularidade dentro e fora do País, passou a apostar nos festivais. O sucesso veio logo na primeira edição, as apresentações e a premiação caíram no gosto popular e revelaram talentos como Elis Regina, Chico Buarque, Jair Rodrigues, Geraldo Vandré, Nara Leão, Caetano Veloso, Gilberto Gil e popularizaram composições de nomes já consagrados como Tom Jobim e Vinicius de Moraes

O Estado de S. Paulo- 16/4/1965 

O Estado falou sobre o festival, em matéria publicada em 16 de abril daquele ano. Descreveu Elis Regina “o sucesso do momento”, como:“uma graça de menina, canta com uma voz linda, canta com o corpo, com os olhos, com um sorriso largo de alegria de quem faz o quer, e de quem sabe fazer bem o que quer.”

Era dos festivais. Os festivais de MPB duraram até 1985. Cada uma de suas edições contam um pouco da história da música nacional. Algumas transpuseram o âmbito cultural, e se transformaram em manifestações sociais e políticas de uma época. Como no 3.º Festival Internacional da Canção de 1968, quando o público rechaçou com uma grande vaia a canção campeã Sabiá, de Tom Jobim e Chico Buarque de Holanda, por preferir a canção Para Não Dizer que Não Falei de Flores. A canção criada e interpretada por Geraldo Vandré transformou-se num hino contra a repressão política vivida durante os anos da ditadura militar. A canção e a reação do público desagradou os militares. Vandré buscou exílio no Chile e só retornou ao Brasil em 1973. 

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