Greves e manifestações: uma tradição pré-Copa

Durante a copa na França, pilotos só voltaram a trabalhar um dia após o início do torneio

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Por Redação
Atualização:

Greves, ameaças de greve e manifestações são comuns antes e durante as copas do mundo. O único caso em que realmente afetou a realização do evento ocorreu na França em 1998. Os 3.400 pilotos da Air France entraram em greve dias antes da abertura do evento. 

A greve foi encerrada em 11 de junho, um dia após o início do torneio. A exposição com produtos brasileiros, prevista para 9 de junho, teve de ser adiada para o dia 15. Outro jantar organizado pelas autoridades brasileiras em homenagem ao antropólogo Claude Levy Strauss, marcado na mesma data, foi cancelado porque as autoridades francesas não teriam como dar segurança a 500 convidados. Antes da greve dos pilotos, várias centrais sindicais francesas ligadas ao transporte ameaçaram greve.

Em 1978, três semanas antes do início da copa na Argentina, uma bomba explodiu no centro onde funcionou o centro de imprensa do evento. Por causa de outras ameaças, a venda de fogos de artifícios no país foi proíbida. Quem quisesse comemorar as vitórias da Argentina teria que atravessar as fronteiras para comprar rojões.

Na copa da Alemanha em 1974, a manifestação foi para dentro de campo. Durante a abertura do jogo Chile e Alemanha Ocidental, torcedores chilenos estenderam faixa contra a ditadura Pinochet. O locutor do estádio pediu para que os manifestantes não misturassem política com esporte. O pedido foi em vão, e a polícia alemã acabou com a manifestação rasgando as faixas e batendo nos torcedores. 

Também existiram casos de greves de jogadores. Foi assim com jogadores espanhóis em 1986 que ameaçaram entrar em greve.

Mas quem mesmo foi às vias de fato foram os jogadores da seleção portuguesa, que durante os treinos para a copa de 1986, no México, pararam em boicote ao valor pago aos jogadores.

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