A edição de 10 de setembro de 1920 trouxe a primeira grande reportagem sobre a Ilha das Cobras ou Ilha da Queimada Grande publicada no Estadão. Nela, os leitores puderam ver fotos e detalhes sobre a ilha, que fica no litoral de São Paulo, próxima a Santos. Ela considerada uma das mais perigosas do mundo por causa da imensa quantidade de cobras. A reportagem teve sequência na edição seguinte.
As informações fornecidas ao Estadão vieram de Afranio Amaral, do Instituto Butantã, que visitou a ilha e fez detalhes precisos sobre a realidade e tirou fotos, como as publicadas no momento em que uma cobra dá um bote num pássaro. Ela "é um lugar ermo, selvagem e triste, habitado por uma immensa população de cobras e de mergulhões. As cobras agitam-se, rabeiam por todos os recantos entre as pedras, entre o mato. Os mergulhões voam em nuvens por cima dos rochedos e de raspão sobre as ondas", "nesse monte de pedras", continua o relato "vivem quatro moradores humanos" que cuidam do farol. Animais domésticos? "poucos conseguem medrar. De mamiferos, só se encontram um cão e um gato, mais mordidos do que o Thesouro de S. Paulo".
A propaganda escolhida foi da máquina "especial especial para fazer gelo ou bebidas geladas".