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Leia as críticas originais sobre os filmes de Arnaldo Jabor

Críticas, matérias e entrevistas do 'Estadão' remontam sua trajetória cinematográfica

Por Liz Batista
Atualização:
> Estadão - 14/9/1967 Arnaldo Jabor, 1995. Foto: Milton Michida/Estadão

Um dos nomes expoentes da segunda fase do movimento do Cinema Novo, formado na esteira do Golpe Militar de 1964, Arnaldo Jabor constituiu uma filmografia ambientada nesse contexto de repressão, desencanto e censura. Afastando-se da “estética da fome”, que definiu a primeira fase do movimento, mas mantendo-se fiel à inspiração das produções do Neorrealismo italiano e da Nouvelle Vague francesa, o cineasta desenvolveu um cinema autoral onde retrata o universo da classe média brasileira com fina ironia, traços presentes nas suas obras mais conhecidas como Toda Nudez Será Castigada (1973), Eu Te Amo (1981), Tudo Bem (1978) e Eu Sei que Vou Te Amar (1986).> Estadão - 04/7/1973

> Estadão - 04/7/1973 Foto: Acervo/Estadão

> Estadão - 04/3/1979

> Estadão - 04/3/1979 Foto: Acervo/Estadão

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A primeira menção ao nome de Jabor no Estadão aparece na edição de 02 de abril de 1964. O texto, publicado um dia após o golpe que instaurou a ditadura no País, fala de um projeto do cineasta que buscava adaptar para o conto O Cão Sem Plumas de João Cabral de Melo Neto para a tela. À partir daí seu nome aparece frequentemente no jornal, seja em matérias e críticas que sobre suas produções no cinema, na literatura, nas colunas ou nas crônicas que assinava no Estadão. 

> Estadão - 06/02/1981

> Estadão - 06/02/1981 Foto: Acervo/ Estadão

> Estadão - 17/4/1986

> Estadão - 17/4/1986 Foto: Acervo/Estadão

Em 2002, em uma entrevista ao jornalista Luiz Carlos Merten, Jabor foi convidado à refletir sobre seu legado. Nela contou como buscou, deliberadamente, desagradar o público quando filmou O Casamento (1976); “queria agredir as pessoas e sacudi-las do seu torpor”; e explicou porque centrou sua obra ma classe média; “porque é o universo que conheço; nele tenho minhas origens familiares”. Jabor também não poupou críticas às suas primeiras produções, classificou seu  filme Pindorama (1971) como “um dos piores já feitos” e classificou o Cinema Novo como “masturbatório”. > Estadão - 08/4/2002

> Estadão - 17/4/1986 Foto: Acervo/Estadão

Ao falar sobre seu documentário Opinião Pública (1967)- obra nos moldes do “cinema verdade” vencedora do Prêmio da Crítica no Festival de Cinema de Pesaro, na Itália - reconheceu nele uma fórmula precursora. Como descreve Merten no texto: “Jabor acha que foi o verdadeiro criador dos reality shows (…) ele sabe que fez um estudo de comportamentos que colocou na tela a estupidez da classe média. Desde então, trocando o documentário pela ficção, foi sempre crítico severo da sociedade brasileira, escancarando as misérias e os problemas da classe média e da burguesia nacionais (...)> Estadão - 19/9/2010

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> Estadão - 29/10/2010

> Estadão - 29/10/2010 Foto: Acervo/Estadão

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