"Príncipe" e "profeta" do reggae, foram algumas das palavras usadas pelo Estadão de 12 de maio de 1981 para esboçar a magnitude da importância de Bob Marley para a história da música. A matéria, que anunciava a morte do gênio responsável pela popularização mundial do reggae, seguia dizendo que Marley “significou mais que um superstar do show business, mais que fonte de inspiração para toda uma geração de músicos, tanto na Europa, Estados Unidos e até mesmo no Brasil, onde compositores como Morais Moreira e Gilberto Gil transformaram em moda o ritmo sincopado da Jamaica.”
>> Estadão - 12/5/1981 e 15/5/1981
Um anos antes, o criador de clássicos como No Woman, No Cry (1974), Get Up Stand Up (1973), Buffalo Soldier (1983), havia feito uma curta visita ao Brasil, sem shows. A rápida estadia, de apenas dois dias, no Rio de Janeiro aconteceu para inaugurar as atividades do selo Ariola no Brasil com o lançamento do seu LP Survival (1979), seu 11º álbum de estúdio com a banda The Wailers, mas teve momentos de descontração como nos encontros com Gilberto Gil e pequenas partidas de futebol. Na ocasião, Marley disse aos jornalistas que havia se encantado com o “clima musical” do Brasil. “É fácil perceber que as pessoas aqui têm ritmo, tem bossa, não só no andar, no falar, mas no próprio interesse demonstrado pela música em qualquer de suas manifestações. Eu gostaria, realmente, de ter uma oportunidade de um relacionamento mais profundo com esse povo.” Ele deixou o País prometendo retornar em breve, em setembro, para apresentações. A promessa não se concretizou>> Estadão - 21/3/1980
Em setembro de 1980, Bob Marley realizou o último show de sua carreira , na cidade Pittsburgh nos Estados Unidos. Naquele mesmo mês, ele foi diagnosticado com um melanoma maligno. A doença evolui rapidamente. Bob Marley faleceu aos 36 anos de idade, em 11 de maio de 1981.
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