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O Brasil volta às urnas

Há 30 anos, as primeiras eleições diretas para governador após o golpe militar

Por Rose Saconi
Atualização:

As eleições de 1982, realizadas no feriado da Proclamação da República, foi uma das mais importantes da história política do Brasil. Foram as primeiras eleições diretas para governador desde a instauração do regime militar - a última tinha sido 20 anos antes, em 1962. Além do voto para governador, os 58,5 milhões de eleitores em todo o País escolheram senadores, deputados federais, deputados estaduais, prefeitos e vereadores. Para prefeito, os paulistanos votaram pela última vez em 1965.

O Estado de S. Paulo, 14/11/1982

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As eleições traziam também uma novidade. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu informatizar pela primeira vez a fase final da apuração, somando por meio eletrônico os mapas dos votos produzidos manualmente pelas juntas de apuração em cada zona eleitoral. Para antecipar e divulgar com maior rapidez os números oficiais aos seus leitores, o Estado montou um esquema paralelo à apuração do TRE e pouco depois do início das apurações, um "sofisticado sistema de computação", como escreveu o jornal, anunciava que Franco Montoro seria o novo governador de São Paulo.

O Estado de S. Paulo, 18/11/1982

 Foto: Estadão

O Estado de S. Paulo, 21/11/1982 - Missão cumprida para mais de 400 profissionais, entre técnicos e jornalistas que foram mobilizados para o trabalho. Um grupo de motoristas percorreu, diversas vezes por dia, as juntas apuradoras trazendo boletins de apuração atualizados.

 Foto: Estadão

São Paulo. Foram 13.144.018 eleitores paulistas que saíram às ruas para eleger, num só dia, seus representantes políticos: um governador, um senador, 60 deputados federais, 84 deputados estaduais, 566 prefeitos e milhares de vereadores, por cinco partidos PDS, PDT, PT, PTB e PMDB.

O Estado de S. Paulo, 14/11/1982

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 Foto: Estadão

O Estado de S. Paulo, 16/11/1982. "A lição a se extrair dessa eleição é a de que a democracia só se aperfeiçoa pela prática da liberdade, pela observância do Direito", dizia o editorial do Estado.

 Foto: Estadão

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