A transferência foi comunicada através de uma proclamação ao povo francês. O documento, transcrito no Estado de 4 de setembro de 1914, dizia que a situação impunha “ao presidente da República e ao governo uma dolorosa decisão”. Para “velar pela salvação nacional”, os poderes públicos deveriam “deixar temporariamente Pariz sob o comando do eminente chefe do exército”. A proclamação também reforçava a convicção dos franceses na vitória, “obteremos a victoria final pela obstinação e pela tenacidade. A nação quer viver, e não recua diante de todos os soffrimentos e sacrificios, porque está certa de vencer!”
Paris se prepara para o cerco. No dia seguinte, Paris já estava sob a autoridade do general Gallieni. Providências foram tomadas para reforçar as defesas da cidade. Foram abertas trincheiras e os edifícios situados na zona militar de defesa foram demolidos para não prejudicar o campo de fogo. Metralhadoras foram posicionadas para guardar os edifícios públicos. Os portões da cidade foram reforçados com pesadas paliçadas sustentadas por sacos de areia. Nas quadras vizinhas foram erguidas barricadas. As ruas estratégicas foram obstruídas por arame farpado. Com o exército alemão a menos de 40 km de Paris, a tomada da cidade parecia inevitável. Mas, uma contraofensiva relâmpago, conduzida por forças francesas e britânicas ao longo do rio Marne, os forçou a recuar para o norte. Afastada a ameaça iminente à cidade, o Parlamento da França retomou suas atividades em Paris em 22 de dezembro de 1914.
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