Paulistanos vão às urnas escolher prefeito pela 17ª vez
Desde a proclamação da República, somente 16 foram eleitos pelo voto direto
01 de outubro de 2012 | 18h 45
O caminho para o paulistano escolher seu prefeito foi sinuoso e cheio de obstáculos. Desde a República, o paulistano foi às urnas apenas 16 vezes nesses 123 anos. O próprio cargo de prefeito só surgiria dez anos depois da proclamação.
Com as Revoluções de 1930, 1932 e o Estado Novo, o paulistano viveria uma abstinência eleitoral de 27 anos. Durante o regime militar, foram mais 20 anos sem voto. Com o fim da ditadura, o eleitor voltou às urnas e a cidade vive o maior período com prefeitos eleitos pelo voto direto. Já se vão 26 anos. Veja o levantamento inédito sobre a história das eleições paulistanas
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1898 - O vereador Antônio da Silva Prado foi escolhido pelos seus pares para a ocupar o recém criado cargo de prefeito. Até então, a cidade era governada por um intendente. | ||||
1911 - Vereadores elegem Raymundo da Silva Duprat com 11 votos, contra um de Horta Junior. | ||||
1914 - Washington Luís teve dois mandatos, no primeiro, ele foi indicado pela Câmara Municipal. | ||||
30/10 - Paulistanos votam para prefeito pela primeira vez |
Apuração foi iniciado 12 dias depois da votação | |||
1919 - O material de votação foi distribuído 4 dias antes |
Voto só por escrito e em papel branco, era uma das regras |
Além de vereadores e prefeito, paulistano escolheu juízes | ||
1922 - Comércio fechado para exercer o direito de voto |
Vários candidatos publicavam anúncios pedindo apoio |
Dia da eleição agitado; armas de eleitores foram apreendidas | ||
1925 - Diretórios convocavam no jornal os eleitores |
Eleições municipais ocorreram em todo Estado de São Paulo |
Um dia depois da eleição, saia o resultado parcial | ||
Outubro de 1930 a abril de 1953 - Durante 23 anos os paulistanos ficaram sem votar para prefeito. Desde a Revolução de 1930, passando pela de 1932, até o final do Estado Novo, a cidade foi administrada por interventores. Foram 18 no total. | ||||
1953 - Prefeito e vice eram votados separadamente |
Candidaturas foram fechadas meses antes da eleição |
Campanha teve participação popular e comícios | ||
1955 - Eleição especial por causa da Renúncia de Jânio |
Apuração rápida e fiscalização contra fraudes
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Abstenção recorde em eleições, mais de 50%
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1957 - Clima tenso com a |
Campanha terminou dois dias antes da votação
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Ainda sem pesquisa, a análise era em cima de prognósticos
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1961 - Prestes Maia lança candidatura pela UDN
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Presidente e governador pregam neutralidade |
1,4 milhão de eleitores inscritos na votação | ||
1965 - Golpe de 64 adiou pleito para o ano seguinte
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Baixa abstenção: apenas 17% deixaram de votar | ||
20 anos de abstinência - Após as eleições de 1965, a ditadura militar só permitiu uma nova votação direta duas décadas depois, no ocaso do regime, em 1985. | ||||
1985 - Jânio Quadros e Fernando Henrique duelam |
Pesquisas não conseguem apontar um vencedor
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Flashes na hora do voto: Covas, Funaro e Maluf
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1988 - Cinco candidatos dividem as preferências
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Números superlativos nas eleições para prefeito
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Pesquisas apontam vitória de uma mulher pela 1ª vez
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1992 - Mesa-redonda do Estadão reúne candidatos
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Brasileiros vão às urnas após impeachment de Collor |
Paulo Maluf e Eduardo Suplicy em disputa apertada
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1996 - Urna eletrônica estreia na votação paulistana
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Novidade aprovada, mas chuva incomoda eleitores
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Celso Pitta e Erundina vão ao segundo turno
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2000 - Marta, Alckmin, Maluf Erundina e Tuma na disputa
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Primeira eleição totalmente eletrônica no mundo
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Filas e muitas urnas eletrônicas quebradas | ||
2004 - No dia da eleição, pesquisas apontam empate
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Uma história da cidade e de seus principais prefeitos
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Retratos dos paulistanos no dia da eleição | ||
2008 - Pela primeira vez, identificação biométrica
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Urnas com a nova tecnologia apresentam problemas
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Pesquisas apontam para decisão no segundo turno | ||
Veja também: # O passado dos candidatos à Prefeitura desvendado |