O Edifício Top Set , em Perdizes, anunciava as vantagens dos seus apartamentos "em estilo mediterrâneo", no Estado de 25 de agosto de 1974. .
O anúncio informava que o imóvel, com “finíssimo acabamento”, dispunha de apartamentos de “3 dormitórios, 2 garagens privativas e 3 banheiros”, com “sala de almoço, living, closet”. As facilidades da região também eram lembradas na publicidade; “rua arborizada e tranquila, junto da Cardoso de Almeida. Perto de todas as comodidades: faculdades, escolas, supermercados, farmácia, etc”. Tudo numa concepção arquitetônica harmônica. A única desarmonia estaria no baixo preço dos apartamentos -“apenas CR$ 5 mil mensais”- segundo o anúncio: “Aqui só o preço não se harmoniza com a categoria do empreendimento!”
Na zona oeste da cidade, o bairro de Perdizes, um dos mais valorizados da capital, mantém até hoje um dos melhores índices de qualidade de vida de São Paulo. Com antigos casarões ainda preservados quase a metade dos moradores tem 15 anos ou mais de estudo, o que coloca o bairro acima da média do Brasil. A tranquilidade ecultura do bairro já foi descrita na crônica "Perdizes",de Antônio Prata, publicada no Estado de 03 de maio de 2009. Os historiadores acreditam que o nome do bairro seja uma referência ao casal Tereza de Jesus Assis e Joaquim Alves Fidelis, que, nos idos dos anos 1850, eram donos de um grande terreno onde criavam perdizes. Hoje, no local fica o Largo Padre Péricles. Os loteamentos da região vieram nas décadas de 40 e 50.
