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Vera Holtz usa capa histórica do Estadão em performance no Instagram

A edição de 16 de novembro de 1889 anunciou a proclamação da República no País

Por Liz Batista
Atualização:

Sucesso nas telas e nos palcos, a atriz Vera Holtz também tem um público fiel no seu Instagram. Com 1,3 milhões de seguidores, a mídia social da artista tem uma linguagem própria. Ela publica fotos e vídeos conceituais que agradam ao público seja por suas críticas, seja por sua dramaticidade. Hoje, a atriz escolheu a reprodução da edição do Estadão que anuncia a proclamação da República para sua performance. 

A postagem foi feita sem legenda e com crédito para: “Concepção e realização: @santororenato @charlesasevedo e @veraholtz. Social media: @marcofroner

Veja a edição histórica de 16 de novembro de 1889 e saiba mais sobre seu significado:

Capa do jornal A Província de São Paulo de 16/11/1889. Foto: Acervo/Estadão

"Três palavras e um gorro: a República na capa do Estadão

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Confira a cobertura da proclamação do novo regime nas páginas do jornal em 1889

(Texto publicado em 15/11/2019)

Com uma capa graficamente ousada até para os dias atuais, a edição de 16 de novembro de 1889 do jornal A Província de São Paulo  noticiou a Proclamação da República. Uma manchete, que podia para ser lida à distância, trouxe em letras garrafais a notícia que iniciou um novo capítulo na História do Brasil. As três palavras que ocuparam a primeira página do jornal foram o bastante para anunciar a nova era: "VIVA  A  REPUBLICA". 

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Numa época onde fotografias ainda não eram publicadas nos jornais, o Estadão mostrou-se revolucionário. Combinando forma e conteúdo, meio e mensagem, deixou expressa as ideias defendidas pela publicação, noticiário criado e escrito por alguns dos homens que conduziriam o destino da política nacional nos anos seguintes. A frase "VIVA A REPUBLICA", escrita toda em letras maiúsculas celebrava a democracia. A palavra "viva", mesmo que desacompanhada do ponto de exclamação, pode ser entendida como uma interjeição de alegria.  Mas, ela pode funcionar, também, como um adjetivo, atendendo assim, uma regra áurea do jornalismo, a função de informar. O que vive, e nasce, naquele novo dia é a República. E ela passava a existir com a força de um fato histórico, tanto para os cidadãos que a comemoraram, quanto para aqueles que a lamentaram, e também para aqueles que não conheciam seu significado.      

Página 2 do jornal A Província de São Paulo de 16/11/1889. Foto: Acervo/Estadão

O anúncio da troca de poder no País, após o grupo liderado pelo marechal Deodoro da Fonseca depor o imperador D.Pedro II também se faz presente na página. A coroa, imagem reproduzida tanto na bandeira como no brasão que figura na testa de documentos oficiais do Brasil Império, saía de cena para dar lugar a um novo símbolo, o barrete frígio, ou barrete da liberdade - um gorro usado pelos libertos da antiga Roma e pelos republicanos franceses que lutaram pela instalação da primeira república francesa em 1792.

O gorro pode ser visto impresso sobre as palavras da capa, como que as protegendo e as atestando. A mensagem é clara, após o dia 15 de novembro de 1889, o Brasil estava sobre nova tutela. Era a República e não mais o Império que vigorava como o regime político do País (...) "

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