Caetano Veloso

Cantor e compositor

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Por Redação
Atualização:

Caetano Emanuel Vianna Telles Velloso

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7/8/1942, Santo Amaro da Purificação (BA)

A primeira obra de Caetano foi com apenas quatro anos. Mesmo criança já se interessava por música e escolheu para a irmã recém-nascida o nome de Maria Bethânia devido a uma música homônima de Nelson Gonçalves.

Em 1956 passou uma temporada no Rio de Janeiro onde frequentou os estúdios da rádio Nacional. Esta visita foi importante na escolha da carreira de músico. Em 1960 mudou-se para Salvador com a família.

Já em 1961 tem o primeiro contato com um grande artista. Passou a escrever para o Diário de Notícias algumas críticas de cinema e teve como chefe o famoso diretor Gláuber Rocha. No mesmo ano aprendeu  a tocar violão e passou a tocar com a irmã em bares da capital baiana.

Em 1963 começou a cursar a faculdade de Filosofia na Bahia. Fez amizade com os jovens Tom Zé e Gal Costa, que irão lhe acompanhar em muitos momentos da carreira. Juntos começaram a compor trilhas sonoras para peças de teatro como “O boca de ouro” em montagem de Álvaro Guimarães.

Participou do show “Nós, por exemplo” em 1964 junto com a irmã e outros artistas. O espetáculo que reunia música e texto foi parte dos eventos de inauguração do teatro de Vila Velha.

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No ano seguinte decidiu abandonar a faculdade e acompanhar a irmã para o Rio de Janeiro. Em maio do mesmo ano gravou seu primeiro compacto simples pela RCA. O sucesso de sua carreira começou a ser reconhecido em 1966 quando participou de seu primeiro festival. Sua música “Um dia” recebeu o prêmio de melhor letra no 2º Festival de Música Popular Brasileira da TV Record.

Seu LP de estreia, “Domingo” foi gravado em  julho de 1967 ao lado de Gal Costa. No mesmo ano começou o movimento no qual Caetano será um dos principais nomes: o Tropicalismo. Ele grava a canção manifesto “Tropicália”.

Seu primeiro LP individual aconteceu no ano seguinte com o “Caetano Veloso”. Em julho de 68 foi lançado “Tropicália ou Panis et Circense” que marcou definitivamente o movimento. O ano não foi apenas de glórias. Caetano é vaiado por “É proibido proibir” na eliminatória do 3º Festival Internacional da Canção. No final do ano foi preso junto com Gilberto Gil pela ditadura militar, acusados de desrespeito ao hino nacional e a bandeira. Em julho de 1969 partem para o exílio em Londres, na Inglaterra.

Durante o período que esteve fora do País, Caetano gravou diversas músicas, incluindo composições em inglês. Junto de Gil, voltou ao Brasil apenas em 1971 e comemorou com um show no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

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Em 1974 começou a investir em uma nova carreira no meio musical, a de produtor. É o responsável  pelo LP da amiga Gal Costa, “Cantar”.

Outra turnê importante na vida de Caetano aconteceu em 1976, junto com Gil, Gal e Bethânia. Intitulado “Doces Bárbaros” é o reencontro dos artistas que participaram do “Nós, por exemplo”. Infelizmente a turnê foi interrompida em julho, porque o baterista junto com Gilberto Gil foram presos em Florianópolis por porte de maconha.

Uma novidade em sua carreira vai acontecer em 1986, quando é convidado pela TV Globo para apresentar o programa Chico & Caetano. O show foi mensal e durou de maio à dezembro.

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Sua carreira internacional também ganhou destaque na década de 80 com dois grandes shows: em 1985 se apresentou no Carnegie Hall em Nova York e em 1988 esteve tocando em Paris. Já em 1989, além de cantar, compor e produzir, também esteve no cinema, representando Gregório de Matos no filme “Os Sermões – a história de Antônio Vieira” de Júlio Bressane.

A década de 90 para Caetano começou com um atentado à sua casa em Salvador após ter feito críticas ao então prefeito Fernando José (felizmente não houve feridos). Passou por dois grandes shows no Brasil: em 92 na cidade de São Paulo  e em 94 no Rio. E terminou com um título da UFBa de doutor “Honoris causa”.

Em 2000 Caetano Veloso entrou no novo século recebendo o maior prêmio internacional de sua carreira, o Grammy, pelo álbum “Livre”. Também esteve no Oscar em 2003 por uma música no filme “Frida”.

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