Celso Furtado

Economista

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Por Redação
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Celso Monteiro Furtado

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26/6/1920, Pombal (PB) -  20/11/2004, Rio de Janeiro (RJ)

Vindo de Recife chega ao Rio de Janeiro em 1939. No ano seguinte ingressa na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tendo concluído o bacharelado em Ciências Jurídicas e Sociais. Em 1944 é convocado para integrar a Força Expedicionária Brasileira (FEB), na Itália.

Em 1948 conclui o curso de doutoramento em economia pela  Universidade de Paris-Sorbonne. Em 1949, muda-se para Santiago do Chile onde passa a integrar a recém-criada Comissão Econômica para a América Latina(CEPAL), órgão das Nações Unidas.

Na década de 1950, já no Brasil, presidiu o Grupo Misto CEPAL-BNDES, que elaborou um estudo sobre a economia brasileira que serviria de base para o Plano de Metas do governo de Juscelino Kubitschek. Em 1953 assumiu uma diretoria do BNDES. Atende ao convite do professor Nicholas Kaldor para lecionar no King's College da Universidade de Cambridge, Inglaterra.

Em 1959 cria a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE). Também neste ano concluí  "Formação Econômica do Brasil", sua  mais consagrada obra. Em 1962 durante o governo João Goulart, foi nomeado primeiro Ministro do Planejamento do Brasil, elaborando o Plano Trienal. No ano seguinte retorna à superintendência da SUDENE, criando e implantando a política de incentivos fiscais para investimentos na região.

Com a edição do Ato Institucional nº 1 (AI-1),  foi incluído na primeira lista de cassados, perdendo os direitos políticos por dez anos. Em meados de 64 foi para Santiago do Chile, a convite do Instituto Latino-Americano para Estudos de Desenvolvimento (Ildes), ligado à Cepal. Em setembro do mesmo ano mudou-se para New Haven, nos Estados Unidos, assumindo o cargo de pesquisador graduado do Instituto de Estudos do Desenvolvimento da Universidade de Yale. No ano seguinte se muda para a Paris, onde foi professor efetivo, por vinte anos na Faculdade de Direito e Ciências Econômicas da Sorbonne.

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Foi beneficiado pela anistia decretada em agosto de 1979 retomando à militância política no Brasi.  No ano de 1981 filia-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Em 1985 é convidado a participar da Comissão do Plano de Ação do governo Tancredo Neves, e logo em seguida é nomeado Embaixador do Brasil junto à Comunidade Econômica Européia, mudando-se para Bruxelas.

De 1986 a 1988 foi ministro da Cultura do governo José Sarney, quando criou a primeira legislação de incentivos fiscais à cultura. Nos anos seguintes, retomou a vida acadêmica e participou de diferentes comissões internacionais. Neste mesmo período, até 1990, integra a South Commission formada por países do Terceiro Mundo para formular uma política para o Sul.

De 1993 a 95 é um dos doze membros da Comissão Mundial para a Cultura e o Desenvolvimento, da ONU/UNESCO. Entre 1996 a 98 integra a Comissão Internacional de Bioética da UNESCO. Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1997, ao mesmo tempo em que é organizado em Paris, pela Maison des Sciences de l'Homme e a UNESCO, o congresso internacional "A contribuição de Celso Furtado para os estudos do desenvolvimento", reunindo especialistas de vários países. No mesmo ano a Academia de Ciências do Terceiro Mundo, com sede em Trieste (Itália), instituí o Prêmio Internacional Celso Furtado, conferido a cada dois anos ao melhor trabalho de um cientista do Terceiro Mundo no campo da economia política.

Morreu , em seu apartamento, no bairro de Copacabana, zona sul carioca, aos 84 anos, vítima de um colapso cardíaco. O corpo foi enterrado, no cemitério São João Batista, em Botafogo, zona sul do Rio. Foi casado duas vezes, a primeira com a  química argentina Lucia Tosi, com quem teve dois filhos, Mario Tosi Furtado e André Tosi Furtado. Depois se casou com a jornalista e tradutora Rosa Freire d'Aguiar, com quem conviveu até final de sua vida.

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