Gil de Ferran

Piloto de Fórmula Indy

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Por Redação
Atualização:

Gil de Ferran

11/11/1967, Paris (França)

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Nasceu no meio automotivo. Seu pai, Luc de Ferran era engenheiro mecânico da Ford, e estava na França fazendo um estágio na Renault visando o desenvolvimento de um novo carro. Estudou no Colégio Santa Clara, em São Paulo, onde era um aluno aplicado, exceto quando perdia a concentração pensando em carros. Ganhou seu primeiro kart aos cinco anos e treinava pelas ruas da Cidade Universitária.

Seguindo os passos do pai chegou a cursar engenharia, mas abandonou a faculdade no terceiro ano. Com diversos títulos ganhos em torneios de kart no Brasil (como o Campeonato Paulista em 1984 e o Brasileiro de 87) foi para a Europa tentar a sorte na carreira automobilística. Nessa época seu desejo era entrar para a F1. Disputou a Fórmula Ford inglesa e a Fórmula Vanxall-GM antes de ingressar na Fórmula 3. Em sua estreia conquistou sete vitórias e foi chamado para fazer um teste na Williams de Alain Prost. Mesmo com o bom tempo (que não ficou atrás do francês) não foi convidado para a categoria, competindo na Fórmula 3000 em 1993.

Sua grande chance de ir para a F1 foi quando fez testes na Arrows. Estava indo bem nos treinos mas no intervalo entre as baterias acabou batendo a cabeça em um caminhão e se machucou. O ferimento o impediu de continuar na pista e acabou com sua oportunidade na escuderia.

Decidiu tentar a sorte nos Estados Unidos, mais especificamente na Fórmula Cart, ou Indy.  Outros pilotos importantes já haviam passado pela competição como Emerson Fittipaldi e Nigel Mansell. Foi convidado por Jim Hall para integrar o Team Hall em 95. Em sua primeira temporada na Indy, ficou em 14º no Campeonato com uma vitória e 56 pontos obtidos. Foi eleito novato do ano na categoria.

Continuou na Hall no ano seguinte. Seu desempenho na temporada melhorou bastante. Fez 104 pontos ficando na 6ª posição na classificação geral. Mudou de equipe em 1997, indo para o Team Walker. Em três anos que passou na escuderia primou pela regularidade. Apesar de não conseguir nenhuma vitória em 97 foi vice-campeão da Fórmula Indy com 162 pontos. Em 98 continuou sem vitórias e acabou o ano em 12ª .

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Seu último ano na Walker foi em 1999. Foi também ano de sua primeira vitória. Ficou em oitavo no campeonato com 108 pontos. Foi convidado para defender a equipe Penske que apostava nele para voltar a conquistar um título (o time vivia uma sem ganhar desde 1994). Até então utilizava apenas pneus Goodyear e na nova escuderia passaria a usar Firestone, mais adaptados as necessidades da Fórmula Indy.

Logo em sua estreia conquistou seu primeiro título da Cart. Com duas vitórias e 168 pontos. No ano seguinte obteria o bicampeonato, vencendo duas provas e obtendo 199 pontos.

Em 2002 a Penske deixou a Fórmula Cart e foi para a IRL . Gil acompanhou a equipe em que foi campeão para a nova competição. Acabou em terceiro no ano devido a um grave acidente no Texas que praticamente encerrou a temporada do piloto.

Seus melhores resultados na IRL foram em 2003 quando venceu as 500 milhas de Indianápolis. A última prova de sua carreira dentro das pistas também foi nessa temporada, na etapa do Texas. Foi vice-campeão e decidiu encerrar a carreira, mesmo com um convite da Jordan para competir na Fórmula 1.

Acabou como dirigente na principal competição do automobilismo mundial logo que se aposentou. Foi convidado pela Honda para ajudar no projeto da equipe de F1. A escuderia teve um bom ano em 2006, onde a equipe conquistou inclusive uma vitória (de Jason Button) mas devido ao mal momento do time em 2007 Gil acabou saindo. A equipe deixaria a competição em 2008.

Junto coma  Honda ainda montou uma equipe para competir no American Le Mans Series, onde foi dono e piloto da escuderia. Deixou novamente as pistas em 2009 e fundou uma equipe para competir na Indy, a De Ferran Dragon Racing, que deixou de existir em 2011 devido a falta de patrocínios.

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