Lula

Presidente do Brasil

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Por Redação
Atualização:

Luiz Inácio Lula da Silva

27/10/1945, Garanhuns (PE) 

Criado em uma família que vivia em situação de penúria material. Lula, a mãe e os irmãos vieram em um caminhão "pau-de-arara", em 1952, para Santos, onde esperavam se encontrar com o pai de Lula, que trabalhava como carregador no porto. No entanto, ao descobrir que o pai já havia constituído outra família, Lula é obrigado a trabalhar desde criança pela sobrevivência.

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Em 1956, Lula e a família se fixaram na capital paulista. Cursou até a quinta série e, com apenas 12 anos, passou a trabalhar numa tinturaria. Em 1964, começou a trabalhar em uma metalúrgica, onde sofreu um acidente de trabalho e teve o dedo mindinho da mão esquerda mutilado. Em 1967, entrou no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo. Em 1970, perdeu a esposa grávida do primeiro filho. Casou-se com Marisa, sua atual esposa, em 1973.

Em 1975 foi eleito presidente do sindicato e, no mesmo ano, seu irmão foi torturado por agentes da ditadura militar. Entre 1978 e 1980, Lula já era um líder sindical destacado, tendo conduzido várias greves na região do ABC paulista, por meio das quais reivindicava melhores direitos aos trabalhadores e o fim da tutela do estado sobre os sindicatos e reajuste salarial. Em muitas ocasiões, o governo federal utilizou a força para inibir as manifestações dos grevistas. Mais tarde, Lula e outros líderes sindicais foram presos com base na lei de segurança nacional.

Em 1980, aliou-se a outros líderes sindicais, intelectuais e religiosos de esquerda para fundar o Partido dos Trabalhadores. Em 1983, participou da campanha pelas “Diretas Já” e da formação da CUT (Central Única dos Trabalhadores). No dia 27 de novembro de 1983, o PT, o PMDB e outros partidos realizaram um enorme comício pelas eleições diretas em frente ao estádio do Pacaembu, em São Paulo. No dia 27 de janeiro de 1984, Lula, Brizola e Ulisses Guimarães discursaram em outro evento organizado pelo PMDB. Com a derrotado do projeto de Diretas Já, Lula e o PT se recusaram a votar para presidente no Colégio Eleitoral.

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Foi eleito deputado federal constituinte em 1986, tendo obtido a maior soma de votos do país. Como constituinte, votou contra a pena de morte e o mandato presidencial de 5 anos. Foi favorável à limitação do direito de propriedade privada, ao aborto, à jornada semanal de 40 horas, à soberania popular, ao voto aos 16 anos, à estatização do sistema financeiro, à criação de um fundo de apoio à reforma agrária e ao rompimento de relações diplomáticas com países que adotassem políticas de discriminação racial.

Foi candidato à presidência da república em 1989, mas foi derrotado pelo ex-governador de Alagoas, Fernando Collor de Mello. Anos depois, liderou o movimento pelo impeachment do presidente Collor. Foi derrotado nos dois pleitos presidenciais seguintes (1994 e 1998) por Fernando Henrique Cardoso. Em 2002, contudo, foi eleito presidente do Brasil com cerca de 53 milhões de votos, e reelegeu-se em 2006, derrotando o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin. No pleito de 2010, a popularidade de Lula conquistou grande quantidade de voto à sucessora petista Dilma Rousseff. Em outubro de 2011, Lula foi diagnosticado com câncer na laringe, e iniciou o tratamento no hospital Sírio-Libanês.

Os dois mandatos de Lula foram marcados por uma alta taxa de crescimento do Produto Interno Bruto, pela queda do desemprego, pelo pagamento da dívida externa e por uma inflação controlada. O governo promoveu programas de transferência de renda, como créditos populares e aumento no salário mínimo. Na política externa, o Brasil afirmou-se como soberania autônoma ao mesmo tempo em que se aproximou de países bastante criticados em nível internacional, como o Irã.  Em 2005, o governo Lula foi atingido por uma série de denúncias de corrupção e escândalos. O presidente foi escolhido personalidade do ano em 2009 pelos jornais “Le Monde” e “El País”, e em 2010 foi escolhido pela revista “Time” como um dos líderes mais influentes do mundo.

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