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Paula

Jogadora de basquete

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Por Redação
Atualização:

Maria Paula Gonçalves

11/3/1962, Osvaldo Cruz (SP)

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Ficou conhecida como “Magic Paula” em alusão ao jogador de basquete americano “Magic Johnson”. Na escola já demonstrava intimidade com a bola, mostrando uma facilidade acima do comum para o esporte. Começou a treinar no Clube das Bandeiras, uma equipe feminina de sua cidade natal, onde também jogava sua irmã. Com apenas 10 anos estreou na equipe como titular. Dois anos depois seria convidada para jogar no time de Assis, indo morar longe de sua família.

O clube seria extinto em 1976 e Paula iria para Jundiaí, também no interior paulista, defender as cores do Colégio Divino Salvador. Na época com 14 anos, foi convocada pela primeira vez para a seleção brasileira, se tornando a mais jovem atleta a integrar o time. Se tornaria titular absoluta do Brasil no ano seguinte, quando completaria 15 anos de idade. Seu primeiro resultado importante com a equipe seria em 1977, com o vice-campeonato sul-americano no Peru.

Aos 18 anos recebeu a proposta para jogar pela UNIMPE de Piracicaba. Na universidade acabaria cursando Educação Física. Ficou oito anos no time antes de ir para o BCN (também em Piracicaba) em 1982. Nesse período disputou alguns torneios importantes pelo Brasil. Entre eles destacam-se a primeira participação em Mundiais ( 9º lugar na Coréia em 1979 ) e o 15ª lugar no Torneio Pré-olímpico na Bulgária (1980). Os títulos vieram no Sul-americano, obtido em 78 e 81.

No novo clube continuaria sendo convocada para a seleção, integrando a equipe que foi 5º lugar no Mundial do Brasil em 1983 e 11ª na URSS em 86, no mesmo ano seria campeã sul-americana no campeonato disputado no Brasil. Outro momento importante com a seleção foi a medalha de bronze no Pan-americano de Caracas em 83.

Voltaria para Jundiaí e para o Colégio Divino em 1988. No ano seguinte aceita um contrato internacional e sai do País para jogar Tintoretto da cidade de Madri, na Espanha. No mesmo ano sagra-se vice-campeã da Liga Espanhola. Não teve muito destaque na campanha, tendo contundido-se e ficado de fora das quadras em grande parte do ano (voltou a tempo de disputar a final).

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Retornou ao Brasil em 1990, novamente para jogar pelo BCN em Piracicaba. No ano seguinte começaria um período de glórias na seleção, quando as brasileiras venceram as cubanas na final do Pan-americano após já ter derrotado as norte-americanas. Em 1992, Paula foi para a Ponte Preta onde jogou na mesma equipe que Hortência, o outro grande nome brasileiro no esporte. Juntas levaram a equipe ao título mundial de clubes em 1993. Ainda em 92 disputou os jogos Olímpicos de Barcelona, ficando na 7ª colocação.

A grande vitória da carreira da atleta viria em 1994. O Brasil foi desacreditado para o Mundial de Basquete da Austrália. Após baterem os Estados Unidos, as brasileiras fazem a final com as chinesas e levantam a taça. No mesmo ano mudou novamente de clube, indo para o CESP- UNIMEP.

Na Olimpíada de Atlanta, em 1996 fizeram uma campanha considerada excepcional, enfrentando as americanas na final e ficando com a medalha de prata. No ano seguinte foi para o Microcamp. Ainda em 97 foi campeã da Copa América pelo Brasil. Acabou sendo seu último título com a equipe, já que ela decidiu se despedir da seleção após 21 anos.

Seu último time seria o BCN/Osasco. Decidiu abandonar as quadras em 2000, após 28 anos de carreira. Após encerrar a carreira trabalhou por um curto período no Ministério dos Esportes. Atualmente é empresária e diretora do centro Olímpico do Ibirapuera. Dedica também seu tempo a dar palestras motivacionais e ao Instituto Passe de Mágica, criado por ela e pela também jogadora de basquete branca em 2004.

Ao longo de sua carreira foi uma das atletas que mais jogou pela seleção brasileira. Foi também bastante vencedora nos clubes tendo conquistado oito Campeonatos Paulista (1981, 1984, 1985, 1986, 1992, 1993, 1994 e 1996)  e quatro Taças Brasil (1986,1987, 1991 e 1995) .

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