A cozinha de vó é uma entidade em todo o País, reverenciando receitas, técnicas e o afeto das matriarcas brasileiras na cozinha. E foi com essa forte inspiração – quase um chamado – que Alessandra Ramos decidiu largar sua carreira como agente de viagens e abrir o Hilda Botequim, na Vila Ipojuca, na fronteira com a Lapa, com o nome de sua avó mineira.
O espaço é decorado com diversos elementos da cozinha familiar da chef, como o tacho do tio Dodô, que colhia uvas no fundo do quintal de sua casa e neste tacho fazia geleias para distribuir para toda família.
A ideia era colocar em prática receitas simples e tradicionais, que valorizassem a gastronomia regional brasileira e o que aprendeu com sua avó Hilda, “uma cozinheira de mão cheia”. Na prática, o espaço entrega uma gama de opções de petiscos e pratos para nenhuma anciã botar defeito. Na petiscaria, destacam-se o pão de queijo com canastra e parmesão, recheado com pernil desfiado (R$ 12); a linguiça toscana flambada na cachaça (R$ 28); e os bolinhos de costelinha suína (R$ 29, cinco unidades). Já as opções de prato variam conforme o dia. Tem moqueca, galeto, feijoada e até lasanha.
Mas em casa mineira que se preze o petisco vem acompanhado de uma boa cachaça (assim como na tábua de degustação, R$ 39). No Hilda, uma carta exclusiva para o destilado é assinada pelo blogueiro do Paladar Maurício Maia e a sommelière Isadora Bello Fornari. São nove rótulos de cinco Estados, com destaque para a mineira Anísio Santiago e a gaúcha Weber Haus Amburana.
Os drinques da casa, que levam nomes de grandes mulheres brasileiras, possuem receitas ousadas e também têm na cachaça seu denominador comum. O Tarsila do Amaral combina cachaça Porto do Vianna, cachaça Weber Haus Amburana e Jack Daniel’s (R$ 20). Já no Cora Coralina, a receita leva cachaça Tiê Branca, fruta do dia, suco de limão e soda (R$ 16).
SERVIÇO
Hilda Botequim
Praça Sá Pinto, 67, Vila Ipojuca
Tel.: 3675-7336
Horário de funcionamento: 18h/23h30 (sáb., 12h/23h30; dom., 12h/16h; fecha seg.).