História do Grupo Estado nos anos 1910
Os fatos que marcaram o país e o mundo, expostos nas capas históricas do jornal O Estado de S. Paulo.
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1910
Sucursal em Santos
No início do século XX, em meio à expansão econômica provocada pela exportação do café, o porto e a cidade de Santos, no litoral de São Paulo, desempenharam importante papel no desenvolvimento industrial do País.
Para acompanhar de perto o noticiário do dia a dia na cidade, o Estadão abriu uma sucursal em Santos, na Rua 15 de Novembro.
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1910
Fraude denunciada
Prossegue a Campanha de Civilista. Em 1.º de março Rui Barbosa é derrotado em um pleito fraudulento. No dia 27, o jornal publica o manifesto de Rui denunciando as irregularidades. O jornalista e poeta Amadeu Amaral começa a colaborar com o Estado.
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1911
Nova sucursal
O Estado abre uma sucursal em Roma, dirigida por Nicolau Ancona Lopes.
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1912
Investimento
O Estado compra terrenos nas ruas Boa Vista e 25 de março, onde seria erguida a primeira sede própria do jornal.As novas oficinas gráficas seriam equipadas com novas rotativas Marinoni, encomendadas na Europa especialmente para o Estado. Os modernos linotipos permitiam ao jornal uma tiragem de 35.000 exemplares.
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1912
Mudanças
Neste ano Julio Mesquita adoece e embarca para a Europa para um tratamento de saúde. Mesmo assim é escolhido para substituir Cerqueira César no senado estadual. Nestor Pestana, então secretário, assume interinamente a chefia da Redação. José Filinto da Silva, também doente, se aposenta, sendo substituído temporariamente na gerência por Armando de Salles Oliveira, genro de Júlio Mesquita, e em seguida por Ricardo Figueiredo.
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1913
Desgostoso com a infidelidade de antigos companheiros da Campanha Civilista, Julio Mesquita envia uma carta da Europa renunciando à cadeira no senado estadual. A carta é ocultada por seus correligionários, na esperança de que ele mudasse de ideia.
Ao retornar da Europa Julio Mesquita, seguindo recomendações médicas, vai direto para sua fazenda em Louveira e passa a dirigir o jornal por meio de cartas aos seus principais auxiliares.
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1914
Monteiro Lobato
Monteiro Lobato, até então um desconhecido, escreve o artigo Uma Velha Praga, texto que foi endereçado à Seção Queixas e Reclamações do Estado. O texto fazia duras críticas às queimadas promovidas pelos caboclos. Devido à importância do teor do texto, o artigo é deslocado para o corpo do jornal e ganha grande repercussão. Lobato passou a colaborar com freqüência no jornal, até que, em 1915, começou a trabalhar na redação do Estadinho.
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1914
Cobertura da Primeira Guerra
Durante a Primeira Grande Guerra, Julio Mesquita escreveu boletins ou artigos semanais em que analisava o conflito. Nesses artigos, que em 2002 seu bisneto Ruy Mesquita Filho reuniu no livro A Guerra, em quatro volumes, o jornalista tomou posição inequívoca em favor dos aliados, mostrando-se a favor da democracia e contra o militarismo alemão. Em represália, indústrias alemãs cortaram os anúncios que faziam no jornal. Com o boicote, o jornal passa a enfrentar dificuldades financeiras. Apesar das pressões, o Estado mantém sua posição contrária ao militarismo.
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1915
Estadinho
O Estado lança a Edição da Noite para publicar principalmente notícias da Primeira Guerra, que circulou até 1921 e ficou conhecida como Estadinho, um jornal irrequieto e às vezes irreverente, em comparação com o Estadão, como era chamada a edição da manhã. Seu diretor era Julio de Mesquita Filho, que iniciava sua carreira de jornalista, enquanto seu irmão, Francisco Mesquita, se dedicava à área administrativa.
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1915
Apoio à Campanha Nacionalista
O jornal passa a apoiar a Campanha Nacionalista lançada pelo poeta Olavo Bilac, a qual propunha o serviço militar obrigatório, por acreditar que assim o militarismo se enfraqueceria com a entrada de civis na tropa, diluindo o corporativismo do Exército, além de despertar o civismo nos jovens.
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1917
Jornalismo científico
O jornalista Manequinho Lopes, formado em Botânica na Europa, é indicado pelo amigo Monteiro Lobato e começa a trabalhar na Redação. Foi um dos pioneiros no jornalismo científico do Brasil assinando com as iniciais O.F. Suas matérias fizeram tanto sucesso que se transformaram em uma coluna chamada Assuntos Agrícolas.
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1917
Julio de Mesquita Filho
Durante a grande greve na cidade de São Paulo, Julio de Mesquita Filho é convidado pelos operários para ser o mediador entre eles e seus patrões em suas reivindicações, como jornada de oito horas, proibição do trabalho noturno para mulheres e crianças e melhores salários.
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1918
Tempos difíceis
Terminada a guerra, o jornal enfrentou tempos difíceis com a gripe espanhola, que fez milhares de vítimas em São Paulo, entre as quais dois redatores de sua equipe. Em nota de primeira página, aconselhou a população, na edição de 2 de novembro de 1918, a procurar hospitais e postos de saúde.
“O Estado só não suspendeu sua publicação por milagre”, observou Paulo Duarte, ao escrever a história do jornal.
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1919
O Estado apóia novamente a candidatura de Rui Barbosa à presidência da República, que viria a ser derrotado por Epitácio Pessoa.