História do Grupo Estado nos anos 1950
Os fatos que marcaram o país e o mundo, expostos nas capas históricas do jornal O Estado de S. Paulo.
-
1947 - 1951
Sede provisória
Vendeu-se o prédio da Rua Boa Vista e, enquanto se construía a nova sede, na esquina das Ruas Major Quedinho e Martins Fontes, a redação e a administração funcionaram temporariamente na Rua Barão de Duprat.
-
1953
18 de agosto
Inauguração da nova sede da empresa na Rua Major Quedinho, 28.
-
1953
Suplemento Feminino
25 de setembro - É lançado o Suplemento Feminino do Estadão. Uma evolução da seção feminina idealizado pela jornalista Maria do Carmo de Almeida, a Capitu. Era uma época que não era comum ver mulheres na Redação. Além de Capitu, o suplemento tinha na equipe uma repórter, uma cronista social e uma fotógrafa.
-
1955
Suplemento Agrícola
5 de janeiro - Circulava a edição número 1 do Suplemento Agrícola. Em formato tablóide e com 16 páginas, o caderno inaugural deu destaque à moderna agricultura paulista da época, em reportagem do então editor Edgar Fernandes Teixeira. Mas a preocupação com as notícias sobre agricultura e a prestação de serviço ao homem do campo, já estava presente no Estado desde 1918, quando foi criada a coluna semanal "Assumptos Agrícolas".
-
1956
Censura
24 de agosto - A sucursal do Estado no Rio é invadida pela polícia e exemplares do jornal são apreendidos por causa da publicação de um manifesto de Carlos Lacerda. Júlio de Mesquita Filho denuncia a arbitrariedade à Associação Interamericana de Imprensa (AII)
-
1956
Suplemento Literário
6 de outubro - Publicado pela primeira vez em 6 de outubro de 1956, o Suplemento Literário do Estadão foi um dos marcos da imprensa cultural brasileira. Além de divulgar textos inéditos de grandes nomes da literatura como Carlos Drummond de Andrade e Lygia Fagundes Telles – ou da crítica, como Sábato Magaldi e Villém Fluxer -, o Suplemento soube também divulgar a obra de alguns entre os melhores artistas da época.
Planejada por Antonio Cândido, realizada por Julio de Mesquita Filho e dirigida pelo crítico teatral Décio de Almeida Prado, a publicação não ficou confinada às letras, e destinava um espaço generoso à produção visual.
Preocupado fundamentalmente com a ideia de garantir na imprensa um espaço regular para o debate de ideias e a divulgação de autores novos e consagrados, especialmente os escritores brasileiros, o caderno conseguiu sobreviver até 1967 como uma espécie de corpo estranho no mundo fragmentado e veloz do jornalismo.
-
1958
Rádio Eldorado
4 de janeiro - A Rádio Eldorado, AM 700 kHz, é inaugurada por Julio de Mesquita Filho e Francisco Mesquita. O objetivo era levar ao ouvinte uma programação eclética, de qualidade, com glamour e com locutores de voz de veludo. Uma dessas vozes foi de José de Ávila Barroso, um dos principais apresentadores, que fez, inclusive, a inauguração.
O auditório da Rádio, no prédio da Major Quedinho, recebia orquestras, bandas e cantores. Os programas entravam no ar ao vivo e podiam receber platéia.